Benzodiazepinas
Medicamentos para tratar a ansiedade e distúrbios do sono continuam a ser prescritos por períodos prolongados, apesar das advertências contra seu uso a longo prazo.
Baseado em uma pesquisa feita no Canadá, este é o primeiro estudo a examinar o uso de benzodiazepínicos, como o Xanax e Ativan, para toda uma população ao longo de um grande período de tempo.
É também o primeiro estudo a identificar as características socioeconômicas dos usuários de longo prazo de tais drogas.
Risco do uso prolongado de ansiolíticos
Os resultados mostram que idosos e pessoas com renda mais baixa são mais propensos a ser usuários de longo prazo de benzodiazepínicos, com as taxas de uso mantendo-se constantes ao longo de um período de 10 anos.
Entretanto, o uso dessas drogas entre a população de meia-idade tem aumentado.
Os danos associados ao seu uso a longo prazo (mais de 100 dias em um ano) podem incluir a dependência, danos cognitivos e aumento nos riscos de quedas em idosos.
Abusos de drogas neurológicas
"Dado o potencial de dependência e danos associados a essas drogas, recomenda-se que elas sejam usadas com moderação por um curto período," diz Colleen Cunningham, da Universidade do Estado da Colúmbia Britânica.
"Entretanto, nosso estudo sugere que um número significativo de [pessoas] - principalmente os idosos que têm maiores riscos de saúde decorrentes de quedas - estão usando-os por longos períodos," diz ela.
As benzodiazepinas estão entre os tipos mais comumente prescritos de drogas neurológicas nos países desenvolvidos.
O estudo comparou registros de saúde de pacientes entre os anos de 1996 e 2006. Dentre os 4,9% da população que receberam prescrições de uso dos benzodiazepínicos a curto prazo em 2006, e entre os 3,5% que receberam prescrição de longo prazo:
Práticas e políticas
Cunningham e seus colegas Gillian Hanley e Steve Morgan descobriram que o uso a longo prazo em 2006 esteve associado com o uso precoce dos medicamentos - metade de todos os 2.006 usuários de longo prazo tinham recebido prescrição de benzodiazepínicos já em 1996.
Os pesquisadores recomendam práticas e políticas visando a redução na taxas de prescrição dessas drogas a longo prazo, com alvo sobretudo na faixa da população mais jovem do que a que é mais comumente estudada, ou seja, as pessoas abaixo dos 65 anos de idade.
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