Você está perseguindo seus sonhos ou fugindo dos seus medos?

A motivação de fazer o que se gosta muda com a idade.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Evitação ou aproximação

Quando se trata de perseguir seus objetivos pessoais mais importantes e cuidar do seu bem-estar mental, vale a pena entender quais são as suas reais motivações, que muitas vezes podem não estar totalmente claras em sua mente.

Esta conclusão veio quando psicólogos examinaram dois tipos de motivações que sustentam a busca de objetivos pessoais: "Orientadas para a evitação", ou seja, tentar evitar resultados ameaçadores ou temidos, e aquelas "orientadas para a aproximação", ou seja, lutar por resultados desejáveis e agradáveis.

Eles descobriram que as pessoas que perseguem objetivos com motivação básica fundamentada no medo (evitação) são mais propensas a experimentar dificuldades de controle emocional, o que, por sua vez, aumenta os sintomas de depressão ou ansiedade.

"Também é importante entender que uma motivação orientada para a aproximação pode dar sustentação a uma meta de evitação e vice-versa.

"Por exemplo, um motivo subjacente de evitação, para evitar a rejeição social, pode estimular a adoção do comportamento objetivo da aproximação, parecer sociável e conversar com várias pessoas em uma festa.

"Ou, alternativamente, uma meta de aproximação para ir bem em um exame pode ser motivada pelo medo de evitar sentir-se um fracasso ou decepcionar os pais.

"Ter consciência dos motivos subjacentes que impulsionam os objetivos pessoais pode dar às pessoas a oportunidade de refletir e fazer escolhas, como adaptar ou reformular objetivos, motivos ou pensamentos pessoais, se necessário," explicou a professora Joanne Dickson, da Universidade Edith Cowan (Austrália).

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Reformulando suas motivações

Os psicólogos reconhecem que a evitação pode ser benéfica a curto prazo, por exemplo, sair do caminho de um perigo físico iminente, mas acentuam que envolver-se em evitações mais a longo prazo está associado ao aumento da ansiedade.

"A motivação para evitar normalmente aumenta as emoções negativas, como medo e ansiedade, quando o cenário ameaçador parece iminente," explicou Bridget Robson, membro da equipe.

Uma das alternativas pode ser reinterpretar as motivações de evitação. "Por exemplo, o medo de ser reprovado em um exame pode ser reformulado como um esforço para passar de ano," exemplificou Robson.

"Embora tenhamos constatado que as motivações de evitação aumentaram as dificuldades de regulação emocional que, por sua vez, exacerbaram a depressão e a ansiedade, as motivações de aproximação não levaram a dificuldades de regulação emocional ou depressão e ansiedade, sugerindo que as motivações de aproximação que impulsionam a busca de objetivos pessoais parecem desempenhar um papel protetor na manutenção do bem-estar mental," concluiu Dickson.