Arrogância
Em um primeiro encontro, as pessoas se concentram em causar uma boa primeira impressão.
E a demonstração de arrogância - quando alguém se gaba constantemente, por exemplo - não passa exatamente uma boa impressão.
Ao longo da história, as culturas e os estudiosos têm descrito a arrogância de diferentes maneiras, como na mitologia antiga, quando a frota do rei Xerxes foi arruinada por sua avaliação excessivamente confiante de sua força em comparação aos gregos.
Agora, uma equipe de pesquisadores em psicologia elaborou uma das primeiras análises abrangentes da literatura sobre arrogância, bem como uma maneira de classificar essa condição em diferentes níveis em um espectro, da mesma forma que o autismo hoje é diagnosticado.
"Ficamos surpresos com a quantidade limitada de pesquisas modernas que encontramos sobre arrogância. Além disso, descobrimos que nem todas provinham de uma área específica. Então nós criamos um recurso genérico para inspirar novas pesquisas, incluindo, mas não limitado a, possíveis diagnósticos médicos de transtornos de personalidade," disse o professor Nelson Cowan, da Universidade do Missouri (EUA).
Tipos de arrogância
A equipe reconhece que todos parecem ter algum grau de arrogância. Portanto, além da revisão da literatura, eles sugerem uma maneira de classificar os diferentes níveis de arrogância que uma pessoa pode apresentar.
O sistema identifica três tipos de arrogância:
Arrogância individual - uma opinião inflada sobre as próprias habilidades, características ou realizações, em comparação com a verdade.
Arrogância comparativa - um ranking inflado das próprias habilidades, características ou realizações, em comparação com outras pessoas.
Arrogância antagônica - a difamação de outros com base em uma suposição de superioridade.
Esses três níveis fornecem uma base sobre como a arrogância poderá ser descrita no futuro, permitindo análises comparativas e o eventual estabelecimento de critérios de avaliação para transtornos de personalidade, quando a arrogância atingir níveis danosos para a própria pessoa e para seus relacionamentos.
"Nosso sistema não pode oferecer um entendimento científico completo, mas pretende fornecer uma perspectiva analítica da arrogância para ajudar a orientar futuras pesquisas psicológicas," disse Cowan. "Ele pode ser aplicado a todos os tipos de relacionamentos, como relacionamentos interpessoais, ou mesmo diálogos entre nações e grupos políticos".
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