Anticoncepcional sem hormônios
Uma proteína que desempenha um papel crucial na concepção pode ser o elemento que faltava para a criação de um anticoncepcional que não mexa com os hormônios das mulheres.
O revestimento dos óvulos dos mamíferos contém uma proteína chamada ZP3, à qual o espermatozóide deve se ligar para ser capaz de atravessar o revestimento e fertilizar o óvulo.
Pesquisadores descobriram que as fêmeas de camundongo geneticamente modificadas para não apresentarem a proteína ZP3 em seus óvulos tornaram-se inférteis. Os pesquisadores também já sabiam que as mulheres com níveis anormais de ZP3 apresentam problemas de fertilidade.
Infertilidade temporária
Agora, o grupo do pesquisador Luca Jovine, do Instituto Karolinska (Suécia), utilizou uma técnica chamada cristalografia de raios X para analisar a estrutura química da proteína ZP3 e descobrir suas propriedades estruturais.
Como a proteína ZP3 equivalente nos humanos é semelhante à dos camundongos, Jovine afirma que será possível projetar medicamentos que se liguem à ZP3, evitando a formação do revestimento do óvulo e tornando a mulher temporariamente infértil.
Anticoncepcional sem efeitos colaterais
Uma pílula anticoncepcional com este princípio de funcionamento evitará alguns dos maiores efeitos colaterais dos anticoncepcionais atuais, que atrapalham a produção de hormônios em todo o organismo da mulher.
A pesquisa Crystal structure of the ZP-N domain of ZP3 reveals the core fold of animal egg coats foi publicada na revista Nature.
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