14/03/2013

Peptídeo da felicidade pode levar a antidepressivo que funcione

Redação do Diário da Saúde

Pílula da felicidade

O que nos faz felizes? Família? Dinheiro? Amor?

E o que dizer de um peptídeo?

Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) descobriram que, uma vez instalada a felicidade, aumenta fortemente a liberação de um neurotransmissor no cérebro.

Esse "peptídeo da felicidade" tem o infeliz nome de hipocretina.

Nesta era dos medicamentos, em que parece ser mais fácil tomar uma pílula do que procurar a felicidade real, os pesquisadores já estão pensando em criar uma "pílula da felicidade".

Segundo eles, sua descoberta sugere que aumentar a concentração de hipocretina no cérebro pode melhorar o humor e o estado de alerta, abrindo o caminho para tratamentos para problemas psiquiátricos como a depressão.

Pílula do sono

Além disso, o estudo mediu pela primeira vez a liberação de um outro peptídeo, chamado hormônio concentrador de melanina, ou HCM.

Os pesquisadores descobriram que a liberação do HCM é mínima na vigília, mas aumenta grandemente quando dormimos, o que sugere que este peptídeo desempenha um papel chave no sono - eventualmente levando ao desenvolvimento de novas pílulas para dormir.

Apesar do uso crescente dos antidepressivos, tem havido cada vez mais questionamento sobre sua eficácia, que não parece ser maior do que os resultados obtidos com placebos.

Os pesquisadores justificam sua pesquisa afirmando que os antidepressivos atuais - como os ISRSs (inibidores seletivos da recaptação da serotonina, ou SSRI na sigla em inglês) - não são baseados em qualquer evidência de deficiência ou excesso de qualquer neurotransmissor.

Assim, seus resultados ofereceriam bases mais sólidas para o desenvolvimento de antidepressivos que realmente funcionem.

O estudo, coordenado pelo professor Jerome Siegel, foi publicado na revista Nature Communications.

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