22/05/2018

Riscos do antirretroviral dolutegravir na gravidez serão investigados

Com informações da Agência Brasil

Dolutegravir

O antirretroviral dolutegravir está sob investigação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por suspeita de ocorrência de problemas em fetos de mulheres que tomavam o remédio no momento da concepção.

A investigação ocorrerá em decorrência de nota da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertando para a "potencial questão de segurança" relacionada a defeitos do tubo neural em bebês nascidos de mulheres que utilizavam o dolutegravir quando engravidaram.

O remédio é usado no tratamento do HIV.

De acordo com o comunicado da OMS, o problema foi identificado em uma análise observacional em andamento em Botsuana, que encontrou quatro casos de defeitos do tubo neural entre 426 mulheres que engravidaram enquanto tomavam o antirretroviral.

Dados preliminares sugerem que o risco surge da exposição da mulher ao dolutegravir no momento da concepção, e não durante a gravidez.

O monitoramento em Botsuana, segundo a OMS, está em curso para outras mulheres grávidas que foram expostas ao remédio no momento da concepção. Os desfechos serão acompanhados ao longo dos próximos nove meses (maio de 2018 a fevereiro de 2019) e os resultados deverão ser conhecidos em seguida.

Tubo neural

O tubo neural é a base da medula espinhal, do cérebro, do osso e dos tecidos que o rodeiam. Os defeitos acontecem quando o local não se forma completamente - a formação se dá até o 28º dia após a concepção.

Defeitos do tubo neural podem estar relacionados à deficiência de folato, ao uso de outros medicamentos ou ao histórico familiar.

A OMS recomenda que as mulheres tomem suplementos diários de ácido fólico antes da concepção e durante a gravidez para ajudar a prevenir esse tipo de problema.

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