18/07/2018

Probióticos protegem mulheres com risco de osteoporose

Redação do Diário da Saúde
Probióticos protegem ossos de mulheres com risco de osteoporose
As bactérias comensais, ou bactérias benéficas, variam de indivíduo para indivíduo, ou seja, cada pessoa tem seu próprio time de bactérias saudáveis.
[Imagem: Nair/Abt/Artis/UPenn]

Probióticos para proteger ossos

Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia) comprovaram que os probióticos, suplementos alimentares com bactérias benéficas à saúde, podem ser usados como uma terapêutica para reforçar os ossos.

Em um experimento envolvendo mulheres na terceira idade, aquelas que receberam probióticos apresentaram apenas metade da perda óssea em comparação com as mulheres que receberam um placebo. A pesquisa abre as portas para uma nova maneira de prevenir fraturas entre os idosos.

"Hoje existem medicamentos eficazes administrados para tratar a osteoporose, mas como a fragilidade óssea é raramente detectada antes da primeira fratura, há uma necessidade urgente de tratamentos preventivos," justificou o Dr. Mattias Lorentzon.

Esta é a primeira vez que se demonstra que é possível reduzir tanto a perda óssea nos pacientes de maior risco por meio de um tratamento com bactérias promotoras da saúde - os probióticos são sabidamente benéficos para uma série de outras condições.

Duplo cego randomizado

O estudo envolveu noventa mulheres idosas, com 76 anos de idade em média, que ingeriram um pó todos os dias, durante um ano inteiro. Um método aleatório determinou quais as mulheres receberiam o tratamento ativo com as bactérias Lactobacillus reuteri 6475 e quais receberiam pó sem bactérias. Nem os pesquisadores e nem as mulheres sabiam quem recebeu o pó ativo durante o estudo.

"Quando terminamos o estudo, após um ano, medimos a perda óssea das mulheres na parte inferior das pernas com uma tomografia computadorizada e comparamos com as medidas que fizemos quando o estudo começou. As mulheres que receberam o pó com bactérias ativas perderam apenas metade da massa óssea no esqueleto em comparação com aquelas que receberam pó inativo," detalhou a pesquisadora Anna Nilsson.

Outro fator positivo foi que o tratamento foi bem tolerado e não houve diferença de efeitos colaterais entre o grupo que recebeu o placebo e o grupo que recebeu o probiótico.

Os resultados foram publicados no Journal of Internal Medicine.

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