09/08/2017

Pernilongo comum também pode transmitir zika, diz Fiocruz

Com informações da Agência Brasil
Pernilongo comum também pode transmitir zika, diz Fiocruz
O genoma do vírus zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco.
[Imagem: Christina Peixoto/Fiocruz]

Culex e zika

O genoma do vírus zika, coletado no organismo de pernilongos comuns, do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco.

Com o sequenciamento, foi descoberto que o vírus consegue alcançar a glândula salivar do inseto, o que indicaria, segundo a instituição, que o pernilongo comum pode ser um dos transmissores do vírus zika.

Os mosquitos do gênero Culex foram colhidos na Região Metropolitana do Recife, já infectados. A equipe do Departamento de Entomologia da instituição conseguiu, então, comprovar em laboratório que o vírus consegue se replicar dentro do pernilongo e chegar até a glândula salivar.

Também foi fotografado por microscopia eletrônica pela primeira vez a formação de partículas virais do zika na glândula do inseto e foi comprovada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do Culex e coletada pelos cientistas.

Os dados iniciais sobre a transmissão do zika pelo pernilongo comum já haviam sido anunciados pela equipe em 2016, mas ainda antes da confirmação por sequenciamento genético.

Possibilidades

De acordo com a Fiocruz, o artigo "demonstra" a possibilidade de transmissão do vírus zika por meio do pernilongo.

Será analisado agora "o conjunto de suas características fisiológicas e comportamentais, no ambiente natural, para entender o papel e a importância dessa espécie na transmissão do vírus zika", como informou a instituição em seu comunicado.

O genoma do zika já havia sido sequenciado em 2016 pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mas na ocasião foi usada uma amostra humana. Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez, o mapeamento foi feito a partir do mosquito.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Emerging microbes & infections.

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