30/04/2009

OMS eleva nível de alerta e muda nome da gripe suína para influenza A(H1N1)

Redação do Diário da Saúde

Pandemia iminente

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje a elevação do nível de alerta para a até então chamada gripe suína para 5, em uma escala que vai até 6, e orientou todos os países a ativar imediatamente seus planos de ação para enfrentar uma pandemia.

A fase 5 indica que o estágio é de pandemia iminente, ou seja, o vírus está sendo transmitido de pessoa a pessoa em pelo menos dois países. O nível 6 significa um estado de epidemia mundial.

Segundo a OMS, o lado bom da questão é que o mundo está mais preparado para enfrentar uma epidemia mundial de gripe em razão das preparações e dos investimentos feitos a partir do aparecimento da gripe aviária. Segundo a entidade, "nós agora estamos colhendo os benefícios desse investimento."

Solidariedade global

A organização também reconhece que a influenza pode causar casos menos graves nos países mais ricos, e doenças muito mais sérias nos países mais pobres, sobretudo com mais elevadas taxas de mortalidade nestes últimos.

"Acima de tudo, esta é uma oportunidade para a solidariedade global, conforme nós buscamos respostas e soluções que beneficiarão todos os países, toda a humanidade. Afinal, é realmente toda a humanidade que está sob ameaça durante uma pandemia," termina o comunicado do OMS.

Novo nome da gripe suína

A OMS também divulgou uma nota afirmando que deixará de usar o termo gripe suína, passando a chamar a epidemia de influenza A(H1N1) (veja mais em Vírus da gripe suína é catalogado como A/H1N1).

A medida decorre do preconceito que o nome está gerando com relação ao consumo de carne suína. Segundo os especialistas, a gripe não pode ser contraída pelo consumo de carne ou derivados de carne de porco.

Já se percebem várias iniciativas procurando mudar o nome da gripe. A França propôs o nome gripe mexicana, o que foi prontamente rechaçado pelo México.

Na epidemia anterior, a gripe aviária começou sendo chamada de gripe asiática, mas a semelhança dos nomes facilitou a troca. Agora o esforço está no sentido inverso, da mudança de um nome ligado ao animal para um nome ligado à geografia.

Apesar de reconhecer a dificuldade na mudança do hábito que o nome anterior (gripe suína) criou, o Diário da Saúde atenderá à orientação da OMS e passará a se referir à doença, nas próximas reportagens, como influenza A(H1N1).

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