07/07/2013

Cientistas brasileiros avançam na busca de medicamento para combater malária

Com informações da Agência Brasil

Depois de dois anos de estudos, grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, ligado à USP, em parceria com o Instituto Biológico de São Paulo, conseguiu percorrer metade do caminho no projeto que tem como objetivo descobrir um medicamento para curar a malária.

De acordo com o instituto, os tratamentos disponíveis estão se tornando obsoletos porque o agente causador da doença aprendeu a "driblar" o efeito dos remédios existentes.

A busca concentra-se agora em atacar uma das proteínas que alimentam o parasita Plasmodium falciparum, o agente causador do tipo mais agressivo da doença.

Enolase

O professor Rafael Victorio Carvalho Guido, coordenador do estudo, explicou que existem nove proteínas agindo em conjunto para o ciclo vital do parasita: uma delas, o enolase, é fundamental para a sobrevivência do Plasmodim falciparum.

"Se conseguirmos inibir a ação dessa enzima, responsável por levar energia ao parasita, poderemos levar o Plasmodium à morte", disse o cientista.

Ele reconheceu, contudo, que ainda existem muitas barreiras a serem vencidas até chegar à fase de ensaios clínicos e ao remédio de combate efetivo da malária.

Um passo importante nessa meta foi a definição inédita da estrutura tridimensional em alta resolução do enolase.

A partir daí, os cientistas começaram a pesquisar uma molécula capaz de fazer a ligação com o conjunto de enzimas e neutralizar a ação do enolase na rota da glicose ou no processo de produção de energia para o parasita. .

Malária

A malária caracteriza-se pela ocorrência de um quadro infeccioso cujos sintomas são febre aguda, dor de cabeça, dores pelo corpo, fraqueza e calafrios.

A doença é transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles e pode evoluir rapidamente para um estágio mais grave.

Dados do Ministério da Saúde indicam que, embora o número de casos de malária tenha caído entre 2010 e 2011, no país, a incidência ainda é grande. Passou de 334.709 para 267.049, tendo aumentado muito no Amapá, onde foram registrados 18.998 casos, em 2011 ante 15.388, em 2010.

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