14/06/2018

Azeite de abacate é antídoto contra má alimentação

Com informações do Jornal da Unicamp
Azeite de abacate é antídoto contra má alimentação
O azeite de abacate é extraído da polpa do fruto.
[Imagem: Antoninho Perri/Unicamp]

Azeite de abacate

Depois de um fim semana com uma dieta rica em gorduras, não raro as pessoas sentem-se profundamente culpadas e prometem compensar o exagero consumindo folhas e legumes no decorrer da semana.

Essa é uma boa medida, mas outra boa notícia é que existe um antídoto para controle imediato dos marcadores metabólicos como os dos colesteróis, dos triglicérides e da glicemia.

E, por paradoxal que possa parecer, esse antídoto contra os efeitos da má alimentação é também uma gordura - uma gordura saudável.

Trata-se do azeite de abacate, extraído da polpa do fruto - azeite é a denominação adequada porque o termo óleo refere-se aos extratos de sementes como soja, milho, algodão, canola etc.

Abacate para saúde metabólica

Para aferir os benefícios do azeite de abacate, a pesquisadora Cibele Priscila Furlan trabalhou na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e na Universidade de Lund (Suécia).

Na primeira etapa, realizada no Brasil com animais, o estudo permitiu concluir que vários parâmetros metabólicos podiam ser controlados e até conduzidos a níveis adequados quando o azeite de abacate foi adicionado à ração dos animais por cerca de três meses.

Na segunda fase, realizada na Suécia, o trabalho concentrou-se na verificação do que acontecia em humanos, em fase aguda, ou seja, quando submetidos a uma refeição hipercalórica e hiperlipídica. Foram avaliados os principais parâmetros metabólicos imediatamente após a alimentação, o que se denomina efeito pós-prandial, incluindo glicemia, colesteróis, triglicérides e inflamações.

Mas quando a manteiga do café da manhã foi substituída pelo azeite do abacate avocado Hass, houve uma redução significativa da glicemia, colesterol total, colesterol LDL, triglicérides e da inflamação pós-prandial, além de uma tendência à melhoria da insulina e da redução da endoxemia - que corresponde à passagem de determinadas substâncias, que provocam infecção, do intestino para a corrente sanguínea, além de diminuição de riscos de aterosclerose.

Qualidade das gorduras

Para a pesquisadora, esses resultados reforçam a importância da escolha correta quanto à qualidade dos alimentos e principalmente das gorduras, independentemente das calorias dietéticas ingeridas, pois os alimentos com biocompostos - responsáveis por benefícios específicos ao organismo - são fundamentais para a melhoria dos marcadores biológicos, promoção e manutenção da saúde.

"A preocupação não deve ser apenas com a quantidade do que se come mas, principalmente, com a qualidade das gorduras ingeridas, de forma a garantir o equilíbrio dos marcadores de gorduras e anti-inflamatórios," disse Cibele.

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