11/12/2023 Nova técnica visa precisamente as lesões cancerígenas e protege os tecidos saudáveisRedação do Diário da Saúde
A abordagem radioterápica funcionou com precisão em animais de laboratório. [Imagem: Izumi O. Umeda et al. - 10.1016/j.jconrel.2023.07.060]
Medicamento direcionado A principal causa dos efeitos colaterais indesejados, sobretudo em casos de medicamentos muito fortes, como nas quimioterapias e radioterapias, é que os remédios acabam atacando tecidos saudáveis, provocando danos que vão do desconforto a problemas de saúde secundários sérios. Agora, Izumi Umeda e colegas do Instituto Kavli (Japão) desenvolveram um novo método que não apenas suprime a distribuição dos medicamentos para tecidos saudáveis, como também remove rapidamente os medicamentos distribuídos no corpo. A expectativa é que essa terapia, depois de devidamente testada em pacientes humanos, possa melhorar a precisão do diagnóstico por imagem de cânceres difíceis, reduzir a toxicidade para tecidos saudáveis dos medicamentos e, além disso, melhorar a eficácia dos tratamentos. A inovação envolve os radiofármacos, que têm atraído a atenção como a próxima geração de medicamentos para imagens e tratamento do câncer. Até agora, contudo, a maior parte das pesquisas têm-se centrado no desenvolvimento de tecnologias para administrar os medicamentos, fazendo-os chegar às lesões cancerígenas e tumores, mas tem sido impossível evitar que os medicamentos cheguem a tecidos saudáveis. O novo método, que envolve medicina nuclear, um sistema de entrega de medicamentos e uma química complexa, envolve encapsular os radiofármacos em lipossomas sintéticos, que são nanopartículas que imitam as membranas celulares, sendo assim altamente tolerados pelo organismo. Duas substâncias e dois adjuvantes garantem o funcionamento seletivo das nanopartículas. [Imagem: Izumi O. Umeda et al. - 10.1016/j.jconrel.2023.07.060] Lipossomas A principal inovação consistiu em encapsular dois fármacos e duas substâncias adjuvantes dentro dos lipossomas. Quando atingem um tumor, as nanopartículas liberam os princípios ativos necessários para combater o câncer, enquanto são facilmente degradadas quando atingem o sistema de limpeza do organismo, no fígado. A equipe confirmou que, no fígado, os lipossomas foram quebrados, liberando os complexos rapidamente, que foram então degradados, enquanto no tumor os lipossomas persistiram intactos por um longo tempo, liberando o medicamento ativo por um período maior. "[Esta nova abordagem] é importante quando se considera o papel que o tratamento do câncer de alta precisão, ou teranósticos, desempenhará no tratamento de doenças intratáveis. No futuro, esperamos que novas pesquisas levem a medicamentos que permaneçam apenas nas lesões cancerígenas, o que nunca foi feito antes," disse o Dr. Umeda. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=nova-tecnica-visa-precisamente-lesoes-cancerigenas-protege-tecidos-saudaveis A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |