09/04/2021 Curso de Felicidade comprova que felicidade pode ser aprendidaRedação do Diário da Saúde
Recentemente os cientistas começaram a elaborar dicas de como ser feliz.[Imagem: Pixabay]
Treinamento para ser feliz É possível aprender a ser mais feliz? Bem, parece que sim, e você provavelmente logo poderá se matricular em uma escola para isso. Os últimos anos testemunharam o surgimento da chamada Ciência da Felicidade, e agora pesquisadores italianos demonstraram a eficácia de um programa de treinamento mental integrado para gerar felicidade. O treinamento inclui exercícios de meditação e debates envolvendo temas relacionados à filosofia, psicologia e neurociência. Os resultados mostraram que várias medidas de bem-estar psicológico aumentaram gradativamente nos participantes do início ao fim do curso. Isso foi especialmente verdadeiro para a satisfação com a vida, percepção de bem-estar, autoconsciência e autorregulação emocional. Os participantes também relataram uma diminuição significativa na ansiedade, percepção de estresse, pensamentos negativos, ruminação e tendências de raiva. Os pesquisadores observaram, simultaneamente, melhoria nos aspectos positivos e redução das emoções negativas, tanto no curto prazo quanto longitudinalmente, ao longo do programa. "O treinamento que propusemos aos participantes foi inspirado pela ideia - presente nas tradições filosóficas ocidentais e orientais - de que a felicidade está intimamente ligada ao desenvolvimento do equilíbrio interior, uma perspectiva mais gentil e mais aberta de si mesmo, dos outros e do mundo, visando uma melhor compreensão da mente e do cérebro humanos. Neste processo de treinamento, precisamos, por um lado, do estudo teórico da filosofia e da ciência e, por outro, das práticas de meditação," disse o professor Nicola De Pisapia, da Universidade de Trento. Curso de felicidade O curso de felicidade foi conduzido durante nove meses (com sete fins de semana teóricos/práticos e dois retiros de meditação) no Instituto Lama Tzong Khapa de Cultura Tibetana, em Pomaia (Itália). Para a parte teórica, os participantes assistiram a uma série de aulas e vídeos-cursos, e participaram de discussões abertas sobre temas de psicologia, neurociência, história do pensamento ocidental e a filosofia de vida do budismo. Os tópicos científicos incluíram neuroplasticidade, circuitos cerebrais de atenção e divagação da mente, estresse e ansiedade, dor e prazer, emoções positivas e negativas, desejo e vício, senso de identidade, empatia e compaixão. Para a parte prática, foi proposta uma série de exercícios, retirados de diferentes tradições contemplativas, budistas e ocidentais - por exemplo, meditação sobre a respiração, meditação analítica e diário pessoal. A equipe afirma ter procurado fugir das "receitas mercadológicas", muito presentes nos livros de autoajuda, que confundem felicidade com hedonismo, bem como da obsessão da Nova Era com o pensamento positivo. "Eu acredito que, em tempos como estes, cheios de mudanças e incertezas, é fundamental estudar cientificamente como as tradições filosóficas ocidentais e orientais, junto com as mais recentes descobertas sobre a mente e o cérebro, podem ser integradas às práticas contemplativas de forma secular. O objetivo é dar às pessoas saudáveis a oportunidade de trabalharem sobre si mesmas para desenvolver a felicidade autêntica, não o hedonismo ou a felicidade superficial. Com este estudo quisemos dar um pequeno passo nesta direção," disse Pisapia. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=curso-felicidade-comprova-felicidade-aprendida A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |