Cirurgia magnética
Usando nanopartículas e campos magnéticos, cientistas da Universidade da Geórgia (EUA) destruíram tumores cancerígenos em meia hora.
Os experimentos, realizados em camundongos, destruíram tumores de cabeça e pescoço, alguns dos tipos de câncer de mais difícil tratamento.
Avaliações posteriores não detectaram nenhum efeito colateral nos tecidos celulares ao redor dos tumores.
A descoberta foi publicada na revista Theranostics, que divulga um campo emergente de pesquisas no qual o diagnóstico e o tratamento podem ser feitos em um único passo - o termo é uma junção de therapy e diagnostics.
Hipertermia
O tratamento usa partículas microscópicas - as nanopartículas - de óxido de ferro, que sofrem um processo de hipertemia, um leve aquecimento, acima da temperatura normal do organismo.
O aquecimento é induzido por um campo magnético alternado, gerado por um aparelho externo.
Qun Zhao e seus colegas constataram que o tratamento destrói facilmente as células de tumores cancerosos que são compostas inteiramente de um tipo de tecido que cobre a superfície de um "corpo", chamado de epitélio.
Futuros passos
O cientista se diz extremamente otimista com a descoberta, mas salienta que serão necessários estudos com animais maiores antes que se possa considerar um teste em humanos.
Além disso, durante o experimento, a aplicação das nanopartículas - 0,5 mililitro, mais ou menos um décimo de uma colher de café - foi feita de forma intrusiva, por meio de uma cirurgia na cobaia.
A meta é utilizar nanopartículas biodegradáveis, que possam ser injetadas pela corrente sanguínea, algo que já vem sendo pesquisado por inúmeras equipes ao redor do mundo, na criação das chamadas drogas inteligentes.
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