07/10/2011

Médicos acreditam que pacientes antipáticos sentem menos dor

Redação do Diário da Saúde

Chatos sentem menos dores?

Se um paciente não parecer muito simpático, será que ele ou ela será levado menos a sério quando dizer que está sentindo dores?

A resposta é um significativo sim, de acordo com Liesbet Goubert e seus colegas da Universidade Ghent, na Bélgica.

Segundo eles, os profissionais de saúde estimam níveis menores de dor e são visivelmente menos solidários com os pacientes menos amigáveis.

Os resultados serão publicados no próximo exemplar da revista científica Pain.

Nível de simpatia

No estudo, 40 profissionais de saúde (17 homens e 23 mulheres) foram pré-condicionados acerca da personalidade dos pacientes.

Os profissionais viram as fotos dos pacientes com três tipos diferentes de descrições da personalidade.

As descrições podiam ser negativas (egoísta, hipócrita, arrogante), positivas (confiável, honesto, amigável) ou neutras (conservador, reservado, convencional).

A seguir, os profissionais assistiram vários vídeos dos pacientes em tratamentos de fisioterapia, onde eles manifestavam dores de diversas intensidades, e deram índices para a avaliação que faziam das dores de cada um deles.

Dor dos chatos também merece cuidado

Os pacientes inicialmente marcados com as descrições negativas receberam índices de dor significativamente mais baixos do que os pacientes simpáticos - ou seja, os profissionais de saúde acreditaram menos nas dores dos antipáticos.

Além disso, os profissionais foram monitorados visualmente pelos pesquisadores, tendo-se mostrado muito menos sensíveis em relação às dores dos pacientes taxados como de personalidade menos amigável.

Eles foram muito menos eficazes na identificação dos níveis de dores desses pacientes, avaliando menos as dores como intensas.

"Nossos resultados sugerem que a dor dos pacientes antipáticos que expressam elevados níveis de dor é levada menos a sério pelos outros. Isso pode implicar em menos auxílio por parte dos outros, assim como em resultados piores para a saúde," afirmou Goubert.

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