28/04/2016

Mulheres são mais sensíveis a alterações no relógio biológico

Com informações do Jornal da Unicamp
Mulheres são mais sensíveis a alterações no relógio biológico
Felizmente não é preciso apelar para a genética para acertar seu ritmo circadiano: o relógio biológico pode ser acertado com a luz certa.
[Imagem: Fiocruz]

Ritmos diferentes

As mulheres são mais afetadas do que os homens por variações artificiais no ritmo circadiano, que rege o ciclo de sono e vigília.

Pesquisadores de instituições do Reino Unido submeteram 34 voluntários - 16 homens e 18 mulheres - a um ciclo artificial de 28 horas, em um ambiente fechado e sem referências de luz natural ou de passagem do tempo.

Durante o experimento, os voluntários responderam a questionários sobre como se sentiam e realizaram testes objetivos para avaliar memória e concentração.

Efeitos subjetivos

Os resultados indicam que, em ambos os sexos, os efeitos subjetivos - sensação de cansaço, percepção de esforço, alterações de humor - foram maiores do que os medidos objetivamente.

E, nas medidas objetivas, as mulheres se saíram pior que os homens, sobretudo nas tarefas realizadas logo após acordar.

"Estes dados estabelecem o impacto do ritmo circadiano e do sexo na cognição em vigília, e têm implicações para entender a regulação das funções cerebrais, cognição e os efeitos do trabalho em turnos, jetlag e envelhecimento", escrevem os autores em seu artigo, publicado no periódico PNAS.

Os resultados estão de acordo com outra pesquisa recente, feita em animais de laboratório, que mostraram que a diferença de duração do dia em outros planetas pode ser um problema para os astronautas durante a exploração espacial.

Relógio biológico

Há indícios fortes de que nosso calendário biológico esteja localizado na glândula pituitária, ou hipófise, que fica na base do cérebro e libera hormônios que controlam processos em todo o corpo.

A regulação do relógio biológico tem largo impacto sobre nossa vida diária, incluindo problemas de sono induzidos pelo excesso de luz artificial e depressão.

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