03/02/2017

Meditação e música revertem perda de memória

Redação do Diário da Saúde
Meditação e música revertem perda de memória
A meditação fortalece o cérebro, beneficiando memória, sono, humor e raciocínio - entre outros.
[Imagem: LONI/UCLA]

Meditação, música e memória

As práticas de uma meditação simples, para iniciantes, ou de um programa de escutar músicas selecionadas, apresentaram múltiplos benefícios para idosos com indícios de perda de memória.

Na verdade, a meditação e a música mostraram-se capazes de reverter a perda de memória nas pessoas com maior risco de doença de Alzheimer.

No ensaio controlado e randomizado - o tipo mais rigoroso de pesquisa clínica -, 60 idosos com declínio cognitivo subjetivo, uma condição que pode representar um estágio pré-clínico da doença de Alzheimer, foram distribuídos em grupos para uma meditação iniciante, chamada Kirtan Kriya, ou para um programa de escuta musical. Os dois grupos praticaram 12 minutos por dia durante 12 semanas.

Melhorou tudo

Tanto o grupo de meditação quanto o de música apresentaram melhorias marcantes e significativas na função de memória subjetiva e no desempenho cognitivo objetivo ao final dos três meses.

As melhorias incluíram os aspectos do funcionamento cognitivo com maior probabilidade de serem afetados nos estágios pré-clínicos e iniciais da demência - por exemplo, atenção, função executiva, velocidade de processamento e função de memória subjetiva. Os ganhos substanciais observados na memória e na cognição foram mantidos ou melhoraram 6 meses depois - ou seja, 3 meses após o final da intervenção.

Os dois grupos também mostraram melhoria do sono, humor, estresse, bem-estar e qualidade de vida, com ganhos particularmente acentuados no grupo de meditação; novamente, todos os benefícios foram sustentados ou melhorados 3 meses após a intervenção.

Meditação contra Alzheimer

Os resultados sugerem que estas duas práticas mente-corpo muito simples - meditação Kirtan Kriya e ouvir música - não só podem melhorar o humor, o sono e a qualidade de vida, mas também reforçar a cognição e ajudar a reverter a perda de memória percebida em idosos com sinais de perda de memória, concluiu a equipe da professora Kim Innes, da Universidade da Virgínia Ocidental (EUA).

O ensaio clínico foi documentado em um artigo publicado pelo Journal of Alzheimer's Disease.

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