A ejaculação prematura, ou precoce, é uma das disfunções sexuais masculinas mais comuns.
Mas, obviamente, a condição não afeta apenas os homens - ela afeta também as suas parceiras.
Foi isso que motivou a pesquisa realizada por Andrea Burri, psicóloga da Universidade de Zurique (Suíça).
Para evitar desvios de natureza cultural, a pesquisadora entrevistou mais de 1.500 mulheres no México, Itália e Coreia do Sul.
Os resultados surpreenderam.
Sexualidade satisfatória
Segundo a Dra. Andrea, não é a duração curta do ato de fazer amor que é considerada primariamente como a principal fonte de frustração sexual da maioria dessas mulheres cujos maridos apresentam a condição.
O que elas não gostam mesmo é do fato de que o homem fica focado demais em retardar a ejaculação.
Como resultado, ele ignora as necessidades sexuais da mulher e é incapaz de satisfazer seus desejos.
Para a maioria das mulheres entrevistadas, uma sexualidade satisfatória não consiste apenas das relações sexuais, mas também inclui beijar, acariciar e outras formas de estimulação sexual, todas consideradas igualmente importantes.
Se o homem está preocupado principalmente com o seu problema - a ejaculação precoce - e, assim, com o seu desempenho, essas necessidades são ignoradas.
O intercurso sexual fica então cada vez mais determinado pelo tempo e não "como nós gostamos e o que é bom para nós," afirmam as entrevistadas.
"No longo prazo, a mulher torna-se angustiada e frustrada. De forma muito semelhante ao que ocorre com o homem [com ejaculação precoce], ela evita o contato sexual por medo de rejeição e pelo trauma resultante para sua própria sexualidade," explica Andrea.
A mulher sofre, assim, uma perda de qualidade de vida, e pode chegar a colocar o relacionamento em questão - mas por motivos diferentes do que o homem pode julgar.
Criatividade sexual
Outro resultado interessante é que são principalmente as mulheres que não percebem o intercurso sexual como o aspecto central da sexualidade - priorizando a criatividade sexual - as que sofrem mais com a atenção unilateral do homem focado na duração do ato.
"Curiosamente, um coito duradouro é importante principalmente para as mulheres que não têm qualquer dificuldade em chegar ao clímax," explica Andrea.
Para as mulheres que raramente atingem o orgasmo - incluindo as que dizem nunca experimentá-lo - quanto tempo dura o coito não é uma questão central.
Em vez disso, o ato sexual serve para estabelecer e experimentar intimidade e compromisso com o parceiro - e, isso sim, deve durar.
Recentemente, outra pesquisa mostrou que exercícios pélvicos de solo curam a ejaculação precoce na maioria dos homens com o problema.
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Sexualidade | Relacionamentos | Sentimentos | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.