Melhor ficar em casa
Eventos importantes na vida, como o casamento ou o nascimento do primeiro filho, têm um efeito negativo sobre a satisfação no trabalho.
Parece não haver nenhuma surpresa nisso, mas a intensidade do impacto é significativa.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas se sentem muito menos felizes no trabalho por até cinco anos após o nascimento de seu primeiro filho.
Eles também descobriram que o efeito negativo sobre a satisfação no trabalho desses acontecimentos importantes na vida pessoal é consideravelmente mais forte entre as mulheres.
O estudo acompanhou os níveis de satisfação no trabalho de cerca de 10.000 pessoas no Reino Unido, entre 1991 e 2008.
Pico de felicidade
De forma bastante interessante, o estudo também mostra que há um pico de felicidade no trabalho pouco antes do casamento e do nascimento do primeiro filho, conforme as pessoas antecipam esses eventos de mudança de vida.
"Muito frequentemente, sua sensação em relação ao seu trabalho é determinada por fatores externos. Antes de um evento feliz, as pessoas podem experimentar maior satisfação no trabalho por causa do efeito 'extravasamento', quando a felicidade em casa influencia no trabalho," comenta o professor Yannis Georgellis, da Universidade Kingston.
"Mas, depois disso, o foco das pessoas inevitavelmente se desloca mais para a vida familiar à medida que as prioridades mudam, e o conflito vida-trabalho aparece. Isto é particularmente verdade quando as pessoas começam a formar uma família," completou.
O impacto negativo sobre a satisfação no trabalho é maior e mais duradouro no nascimento do primeiro filho.
"As pessoas são menos felizes no trabalho por até cinco anos após o nascimento do seu primeiro bebê, embora o efeito pareça ser mais forte para as mulheres, especialmente aquelas no setor público", acrescentou o professor Georgellis.
Salários e empregos públicos
De forma menos surpreendente, o estudo indicou que salários mais altos exercem um efeito positivo e significativo sobre a satisfação no trabalho.
Contudo, aqui também apareceu a exceção das mulheres que trabalham no setor público - os salários mais altos não as tornam mais felizes no trabalho.
Segundo o pesquisador, isto sugere que mulheres podem ser mais propensas a serem motivadas por recompensas não-financeiras.
Longas jornadas de trabalho também têm um efeito negativo sobre a felicidade no ambiente profissional, especialmente no setor privado.
Empregados que mudaram de emprego mais recentemente relataram níveis mais elevados de satisfação no trabalho.
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