O embaixador especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, lamentou o fato de o Brasil ainda não ter atingido o patamar estabelecido pelo organismo para erradicação da doença, que é menos de um caso da doença a cada 10 mil habitantes.
Ao lembrar os avanços da ciência, que garantiram tratamento e cura, ele enfatizou que é preciso intensificar os esforços para atacar a doença, marcada pela discriminação e pelo estigma.
"O Brasil é um país capacitado para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas é o único que não conseguiu eliminar a doença. É uma questão muito estranha," disse o embaixador durante solenidade na Câmara dos Deputados.
Sasakawa destacou, por outro lado, o empenho do Brasil para garantir o pagamento de indenização a pacientes que foram segregados em razão da doença. "Neste aspecto, o Brasil é o país mais adiantado e deve servir de modelo para o mundo", acrescentou.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é eliminar a hanseníase - menos de um caso para cada 10 mil habitantes - até 2015.
"Para a eliminação da hanseníase é necessário a execução de ações programáticas, como diagnóstico, tratamento, vigilância dos contatos, prevenção de incapacidades e reabilitação física, além da educação em saúde. Atualmente, essa endemia atinge cerca de 29,3 mil pessoas em tratamento no país. A doença tem cura e o tratamento é gratuito pelo SUS", informa nota do Ministério.
Conforme o ministério, país registrou cerca de 33 mil casos novos em 2012, queda de 32,6% em comparação a 2002, quando foram identificados 49 mil novos casos.
Neste mês foram repassados R$ 15,6 milhões a 40 municípios para o combate da doença, cidades que respondem por cerca de 24% dos casos novos de hanseníase.
Em março, uma campanha foi lançada para diagnosticar casos suspeitos de hanseníase em escolas públicas, quando 9,3 milhões de estudantes em cerca de 750 municípios foram examinados.
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