23/02/2015

Aprenda idiomas usando todos os sentidos

Com informações do Instituto Max Planck
Aprenda idiomas usando todos os sentidos
Só ouvir e ler não oferece os melhores resultados no aprendizado de um novo idioma.
[Imagem: MPI f. Human Cognitive and Brain Sciences/v. Kriegstein]

Linguagem artificial

"Atesi" - soa como uma palavra da língua dos elfos de O Senhor dos Anéis, mas é na verdade a palavra em Vimmish que significa "pensamento".

Vimmish, por sua vez, é uma linguagem artificial desenvolvida especificamente para a pesquisa científica.

Cientistas do Instituto Max Planck para Cognição e Ciências do Cérebro (Alemanha) usaram essa língua artificial para estudar como as pessoas podem memorizar melhor termos de uma língua estrangeira.

A conclusão dos experimentos é que é mais fácil aprender o vocabulário de um novo idioma se o cérebro puder vincular uma determinada palavra com diferentes percepções sensoriais.

Aprendendo com os sentidos

O sistema motor no cérebro parece ser especialmente importante na tarefa de aprender um novo idioma: Quando alguém não apenas ouve uma palavra nova em um idioma estrangeiro, mas expressa esse termo através de gestos, essa pessoa terá maiores chances de se lembrar da palavra mais tarde.

Também útil, embora em grau ligeiramente menor, é aprender com imagens que correspondam à palavra.

Portanto, métodos de aprendizagem que envolvam vários sentidos, em especial aqueles que usam gestos, são superiores àqueles com base apenas na audição ou leitura.

Isto sugere que o cérebro aprende palavras estrangeiras mais facilmente quando elas são associadas com dados de diferentes órgãos sensoriais. Pode ser que essas associações se reforcem mutuamente, "imprimindo" o termo na língua de origem e sua tradução mais profundamente na mente.

"Se, por exemplo, nós acompanharmos uma nova palavra com um gesto, criamos uma entrada adicional que facilita a aprendizagem do cérebro," disse Katharina von Kriegstein, principal autora do estudo.

Aprendizado direto

A equipe alemã agora quer descobrir se a atividade nos centros motor e visual é realmente a causa dos melhores resultados na aprendizagem.

Para isso, eles planejam ativar os neurônios nessas regiões por meio de eletrodos e medir o impacto nos resultados da aprendizagem, sem passar pelos sentidos naturais.

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