22/04/2012 Tuberculose está fortemente associada a dependência de crackRedação do Diário da SaúdeCrack e tuberculose Levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo descobriu uma larga associação entre internações por tuberculose e uso do crack. A pesquisa foi realizada no Hospital Leonor Mendes de Barros, especializado em tratamento de tuberculose no município paulista de Campos do Jordão, interior paulista. Os dados mostraram que todos os pacientes atendidos no local tinham histórico de uso de crack. Dependência química Em todos os casos pesquisados, dentre pacientes internados para tratamento de tuberculose, o perfil dos pacientes indicou problemas com a dependência química. Segundo o coordenador de saúde mental da Secretaria, Sérgio Tamai, o levantamento expõe uma nova e preocupante realidade ligada às consequências indiretas que o crack traz aos usuários. Segundo ele, o dependente químico da droga é mais suscetível à tuberculose porque se alimenta mal, têm hábitos pouco saudáveis, mora em ambientes insalubres e não dá continuidade ao tratamento, que é extremamente frágil e necessita de regularidade por envolver o uso de antibióticos. "A dependência ao crack expõe o usuário a outras doenças graves, que podem matá-lo", diz Tamai. Baixa imunidade Há uma grande preocupação com os dependentes de crack porque as constantes interrupções nos tratamentos de tuberculose podem expor futuramente outros pacientes com baixa imunidade, como transplantados, a gerações de bactérias super-resistentes. Apesar do aperfeiçoamento no tratamento, a tuberculose ressurgiu com força nos anos 1980 em razão da baixa imunidade dos pacientes com HIV, e agora ganha novo fôlego entre os dependentes químicos. Além de tratar a tuberculose, o hospital passará a oferecer também o acompanhamento de profissionais voltados ao tratamento contra a dependência química, como psicólogos e assistentes sociais. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=tuberculose-crack A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |