13/11/2023

Solidão não: Estar sozinho é muito diferente de estar solitário

Redação do Diário da Saúde
Solidão não: Estar sozinho é muito diferente de estar solitário, mostra estudo
Pessoas que têm um propósito para sua vida dificilmente têm solidão.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Solidão e estar sozinho são coisas diferentes

Em um mundo repleto de conexões virtualmente infinitas e comunicação constante, a relação entre estar sozinho e estar solitário - ou entre isolamento e solidão - nem sempre é clara.

Uma equipe de psicólogos decidiu estudar a conexão entre as duas coisas e descobriu que, de fato, estar sozinho e estar solitário não apenas são duas coisas diferentes, como são duas coisas que não estão intimamente correlacionadas.

As pessoas não se sentem solitárias até passarem três quartos do seu tempo sozinhas. No entanto, quando o tempo que passam sozinhas ultrapassa os 75%, torna-se difícil evitar sentimentos de solidão.

"Estamos aprendendo cada vez mais sobre a importância das conexões sociais para a saúde humana, e parece que a solidão e o isolamento são conceitos relacionados, mas distintos," disse o pesquisador Matthias Mehl, da Universidade do Arizona (EUA). "Precisávamos de uma boa medida de quanto tempo as pessoas passam sozinhas e é por isso que iniciamos esta pesquisa."

No geral, os participantes do estudo passavam 66% do tempo sozinhos, e aqueles que ficavam sozinhos por mais de 75% do tempo foram os que se relataram sentir-se mais solitários. Nas pessoas mais jovens, a solidão e o estar sozinho são duas coisas radicalmente diferentes: Os jovens podem se sentir solitários no meio de uma multidão ou podem não se sentir solitários quando estão sozinhos.

O destaque do estudo é que, considerando todo o grupo de participantes, de todas as idades, houve uma sobreposição de apenas 3% entre a solidão e o estar sozinho.

Solidão não: Estar sozinho é muito diferente de estar solitário, mostra estudo
O problema traz preocupações porque a solidão pode encurtar sua vida.
[Imagem: MaBraS/Pixabay]

Solidão é diferente conforme a idade

Apesar dessa regra geral, há variações por idade. Por exemplo, o estudo mostrou que, entre os idosos, existe uma associação particularmente forte entre o isolamento, o tempo passado sozinho, e o sentimento de solidão, aparentemente porque a rede social das pessoas diminui à medida que envelhecem, e a capacidade de passar tempo com outras pessoas diminui para muitos idosos.

"Entre os adultos com 68 anos ou mais, descobrimos que a solidão está fortemente ligada ao isolamento social," disse o professor David Sbarra.

Em um quadro um tanto paradoxal, a facilidade de comunicação e de conexão com outras pessoas, viabilizada pela internet e pelas redes sociais, tem sido acompanhada de um crescimento preocupante da solidão. Com isto, tem sido dada muita atenção à solidão como um determinante da saúde.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  https://diariodasaude.com.br/print.php?article=solidao-nao-estar-sozinho-muito-diferente-estar-solitario-mostra-estudo

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.