02/06/2017 Sol responde por menos de 15% dos casos de câncer de peleRedação do Diário da Saúde
Metade de todos os melanomas ocorrem nas solas dos pés, nas palmas das mãos, unhas e outras áreas que não ficam expostas ao Sol.[Imagem: Getty Images]
Equívoco Graças a um papel contundente da mídia e da indústria de protetores solares, a maioria das pessoas já associa rapidamente o câncer de pele com a exposição ao Sol. Ocorre que, afirmam os especialistas, os melanomas têm uma probabilidade muito maior de serem causados pela genética do que pela radiação ultravioleta do Sol, e eles muito mais provavelmente irão se desenvolver em áreas do corpo que não tomam Sol, sobretudo nas pessoas "não-brancas" - negras, latinas e asiáticas. "O equívoco de que o Sol é responsável por todos os casos de melanoma induziu a taxas de sobrevivência mais baixas por causa do atraso no diagnóstico, particularmente entre as pessoas de cor," explica o Dr. Arthur Rhodes, diretor do Centro de Prevenção ao Melanoma da Universidade Rush (EUA). Desagravo ao Sol O Dr. Rhodes estima que apenas 10 a 15 por cento dos melanomas são causados pela exposição excessiva ao Sol, e esses casos geralmente ocorrem em pessoas de pele fortemente sardenta e em que a exposição excessiva chega a danificar a pele. Um estudo da Academia Norte-Americana de Dermatologia - Disparidades Raciais na Sobrevivência ao Melanoma, publicado em 2016 -, mostrou que, embora a incidência de melanoma seja maior nos brancos, as taxas de mortalidade são relativamente mais altas entre as pessoas de pele mais escura - o que não se restringe aos negros. "Com uma frequência enorme, pacientes negros, hispânicos e asiáticos com câncer de melanoma nos dizem que acreditavam que o melanoma era um perigo apenas para os brancos que gostam de tomar Sol," diz o relatório. "Mas qualquer um - independentemente da cor da pele - pode desenvolver melanoma, tanto em locais expostos ao Sol como protegidos do Sol. Não notar ou ignorar uma verruga nova ou que se modifica em um local protegido do Sol pode ser fatal". Outra equipe recentemente advertiu sobre a falta de vitamina D na população por excesso de protetores solares. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Verrugas e autoexame Os melanomas desenvolvem-se a partir de células da pele chamadas melanócitos, localizadas na camada superficial da pele, chamada epiderme. Os melanócitos na epiderme produzem o pigmento (melanina) que dá a pele a sua cor e protege as células da pele dos efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta. Variedades anormais de melanócitos causam crescimentos da pele anômalos, mas muito comuns, conhecidos como verrugas. A maioria das verrugas é inofensiva, mas algumas variedades atípicas podem se transformar em melanoma. Ou seja, apesar de sua alta letalidade, os melanomas são relativamente pequenos, não sangram e nem causam dor ou coceira. A grande importância da sua detecção precoce, especialmente entre as pessoas de pele mais escura, reside em sua elevada capacidade de se espalhar (metástase). O Dr. Rhodes enfatiza a necessidade de um autoexame mensal, prestando atenção em áreas difíceis de ver no corpo dos membros da família, procurando pela presença de uma nova verruga, ou uma mudança em uma verruga pré-existente - uma mudança de tamanho, forma ou cor. Algumas das formas mais agressivas de melanoma podem ocorrer em áreas que recebem pouca ou nenhuma luz solar direta, ressalta ele. "Metade de todos os melanomas em não-brancos ocorrem nas palmas das mãos, solas dos pés, próximo às unhas, membranas mucosas, área perianal, genitália e outras áreas que não estão expostas ao Sol, áreas que são difíceis de autoexaminar e comumente ignoradas," explica ele. Risco de câncer de pele De acordo com o trabalho de Rhodes e seus colegas, uma variedade de características físicas, históricas e genéticas aumentam o risco de desenvolver melanoma, incluindo o seguinte:
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=sol-responde-menos-15-casos-cancer-pele A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |