27/06/2016

Sensores na cama e radar monitoram saúde de moradores

Redação do Diário da Saúde
Sensores na cama e radar monitoram saúde de moradores
Os sensores na cama monitoram a saúde cardíaca e os padrões de sono dos usuários, um importante indicador de diversos problemas de saúde. [Imagem: MU News Bureau]

Independência com segurança

Várias tecnologias, como sensores de videogames e câmeras, juntamente com softwares especializados, vêm sendo avaliados para ajudar a monitorar e detectar alterações de comportamento e de saúde.

O principal objetivo é dar apoio a uma população que fica cada vez mais idosa e quer manter a independência, mas com a segurança de ter alguém sendo avisado de pronto se alguma coisa der errada.

Agora, um novo projeto concluiu que radares e sensores instalados na cama podem ser a melhor opção para que a tecnologia não incomode o dia a dia das pessoas, mas não perca os usuários de vista em nenhum instante.

"Os sensores domésticos conseguem captar os primeiros sinais de alterações de saúde antes mesmo de os adultos mais velhos reconhecerem eles próprios os problemas," disse Marjorie Skubic, da Universidade de Missouri (EUA).

"O radar melhora capacidade para monitorar a velocidade de caminhada e determinar se um idoso tem um risco de queda; os sensores na cama fornecem dados sobre a frequência cardíaca, frequência respiratória e atividade cardíaca geral quando a pessoa está dormindo. Os dois sensores são não-invasivos e não exigem que os usuários usem dispositivos de monitoramento," acrescentou.

Balistocardiograma e qualidade do sono

Os sensores de cama e o radar foram usados para monitorar os residentes de 10 apartamentos durante dois anos - o radar ficava dentro de uma caixa de madeira colocada na sala de estar. Os moradores também passavam por avaliações mensais por profissionais para estabelecer se eles estavam em risco de potenciais quedas. Os dados dos profissionais foram então comparados com os dados captados pelo radar.

"Antes de usar o radar, éramos capazes de estimar a velocidade de caminhada de um indivíduo e ter uma ideia de seu estado de saúde," disse Dominic Ho, coautor do trabalho. "Agora, temos dados que definitivamente mostram como declínios na velocidade de caminhada podem determinar o risco de quedas."

Os sensores para a cama também foram especialmente desenvolvidos pela equipe, sendo feitos com um transdutor hidráulico, basicamente um tubo flexível cheio de água. O transdutor efetua continuamente um balistocardiograma, que mede a quantidade de sangue que passa pelo coração num determinado momento, em busca de alteraçõs cardíacas - os problemas cardíacos são a principal causa de morte entre homens e mulheres.

"Os sensores na cama também nos permitem recolher dados sobre os padrões de sono, quantas vezes eles se deitam e levantam e quanto tempo eles permanecem na cama. De forma similar à velocidade da caminhada, os padrões de sono podem detectar sinais precoces de doença," disse Skubic.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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