28/10/2009
Saúde destina R$ 16,8 milhões para ampliar atendimento em Campinas
Redação do Diário da Saúde
[Imagem: PMC]
Complexo Hospitalar Ouro Preto
O maior complexo hospitalar da região de Campinas, no interior paulista, receberá mais R$ 16,8 milhões para o custeio dos seus serviços. Em cerimônia no Complexo Hospitalar Ouro Preto, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ainda entregou quatro motolâncias para o SAMU/192, inaugurou a primeira Unidade de Referência de Saúde do Homem no país e um centro cirúrgico. Pela manhã, o ministro participou da abertura de mais uma unidade da Farmácia Popular do Brasil.
Só o aumento no repasse para custeio permitirá que o complexo, inaugurado em junho do ano passado, passe a funcionar com 80% de sua capacidade. Até então, ele vinha funcionando com 50% da capacidade, ou seja, com 105 leitos. Agora passam a ser 175.
"Esses novos recursos para o complexo estão ampliando o atendimento do centro cirúrgico, da ortopedia, da reabilitação, do centro de tratamento de dependentes químicos e de álcool. A população exige maior qualidade do atendimento, mais serviços, e a prefeitura e o Ministério da Saúde estão neste caminho", disse o ministro ao assinar a Portaria de liberação desses recursos.
Mais leitos
O valor anunciado permite que mais 70 leitos entrem em funcionamento no complexo. Serão 20 leitos cirúrgicos, 20 leitos ortopédicos com um centro de reabilitação para funcionamento integrado, 20 leitos psiquiátricos voltados especialmente a adolescentes com dependência química e 10 leitos de UTI.
O Ministério da Saúde já repassava mensalmente R$ 1,135 milhão para custeio do hospital. Com a nova Portaria assinada, o recurso para custeio mensal do Complexo Hospitalar Ouro Verde sobe para R$ 2,535 milhões.
"Chamo a atenção que este hospital está fazendo a diferença em uma região de 400 mil habitantes (no município) que até então não tinha nenhuma atenção hospitalar", afirmou Temporão.
Novo centro cirúrgico
Sob gestão da Universidade Federal Paulista (Unifesp)/Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, o Complexo Hospitalar Ouro Verde também passa a contar com um novo centro cirúrgico. São oito salas cirúrgicas - cinco delas já começaram a funcionar nesta sexta-feira - e mais duas salas de urgência.
O que havia até então no complexo era um centro cirúrgico ambulatorial, que tinha capacidade de até 700 cirurgias/mês. Só com o novo centro cirúrgico, poderão ser realizadas mais 1,2 mil cirurgias por mês. Também no complexo foi inaugurada a primeira Unidade de Referência de Saúde do Homem de todo o país.
Serão, ao todo, 26, sendo uma em cada estado, todas em municípios com mais de 100 mil habitantes. A unidades funcionarão em conformidade com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, lançada pelo Ministério da Saúde em 27 de agosto.
A Unidade de Referência de Saúde do Homem de Campinas conta com dois consultórios, onde atuarão 20 médicos. No local, a população masculina será atendida em relação a problemas cardiovasculares, digestivos e urológicos. Será realizado também o trabalho de prevenção a doenças.
Em Campinas, a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres. "Campinas está saindo na frente", afirmou o ministro.
Motolâncias do Samu/192
As chaves de quatro motolâncias do SAMU/192 em Campinas também foram entregues durante a solenidade. Segundo o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, o tempo médio de chegada de uma ambulância do SAMU/192 para atendimento é de 13 minutos. O das motos será de cinco minutos, conforme sua estimativa.
"O SAMU/192 atende hoje 100 milhões de brasileiros. Até o ano que vem serão todos os brasileiros. E as motolâncias, principalmente em cidades de médio e grande porte, são muito importantes por causa do trânsito. Você pode perder na retenção do tráfego em uma ambulância minutos preciosos que podem salvar uma vida", afirmou o ministro.
Além de propiciar mobilidade maior, a motolância do SAMU/192 será pilotada por um profissional de saúde, estará equipada para que preste o primeiro atendimento enquanto a ambulância chega ao local. Duas das motolâncias já entraram nesta sexta-feira em funcionamento nas ruas.
Farmácia Popular do Brasil
Em outra cerimônia, no começo da manhã, o ministro inaugurou a segunda unidade da Farmácia Popular do Brasil do município - a de número 523 no país. A inauguração contou com a apresentação do Coral Vozes da Saúde, todo ele formado no centro de saúde São Marcos, na região Norte de Campinas.
A adaptação do prédio para sediar essa unidade da Farmácia Popular do Brasil custou R$ 108,8 mil - R$ 50 mil do Ministério da Saúde. Com essa nova unidade, o estado de São Paulo passa a contar com 84 farmácias desse tipo. São unidades que oferecem medicamentos a baixo custo, como lembrou Temporão. O valor chega a ser 90% inferior ao de farmácias comuns. Para manter o serviço, o Ministério da Saúde destinará R$ 10 mil mensais a essa unidade, para custeio.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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