18/02/2013

Riscos de anticoncepcionais não mudam com proibição na França

Com informações da Agência Brasil

Acidentes vasculares

Há poucos dias, dirigentes da agência francesa de segurança dos medicamentos declararam que, até abril deste ano, a pílula anticoncepcional Diane 35 e todos os genéricos do medicamento vão deixar de ser vendidos no país.

A medida foi adotada em resposta aos 125 casos de trombose venosa e quatro mortes de mulheres usuárias da pílula relatados nos últimos 25 anos.

As mulheres que apresentaram graves problemas de saúde com a pílula Diane 35, com idades entre 18 e 42 anos, sofreram acidentes vasculares variados, como embolia pulmonar ou derrame.

Em todo o mundo, foram relatados 125 casos de trombose venosa e quatro mortes de mulheres usuárias da pílula nos últimos 25 anos.

Na França, a pílula fabricada pelo laboratório alemão Bayer começou a ser vendida como um tratamento antiacne, mas, desde 1987, é amplamente receitada como contraceptivo.

O medicamento também é comercializado no Brasil e está sendo avaliado pelas autoridades de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que está acompanhando o caso para avaliar que medidas devem ser tomadas.

Riscos dos anticoncepcionais

Para o ginecologista Rogério Bonassi, a decisão instiga mais temor do que informa.

"O Diane 35 não tem mais riscos que outros hormônios. Não sabemos o que motivou a decisão da França porque o risco é muito pequeno e não se trata de um estudo clínico, mas de relatos de casos", avaliou.

De acordo com estatísticas da comunidade médica brasileira e internacional, a incidência da trombose na população feminina em geral é de 5 casos para cada 10 mil mulheres.

No caso de pessoas que tomam pílula, o risco passa a ser de 9 casos para cada 10 mil.

Em mulheres grávidas, sem o uso de hormônios, as estatísticas adotadas universalmente apontam que 30 mulheres, em cada 10 mil, podem desenvolver a doença.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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