18/10/2023

Quer um cérebro maior e melhor? Beba menos

Redação do Diário da Saúde
Quer um cérebro maior e melhor? Beba menos
Outra terapia benigna contra o alcoolismo é a meditação.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Quanto mede uma dose?

Os cérebros das pessoas que reduzem o consumo de álcool, bem como das pessoas que param totalmente de beber, têm maior volume em regiões importantes do que o cérebro das pessoas que bebem mais, de acordo com um novo estudo realizado com adultos tratados para transtorno por uso de álcool.

Os volumes cerebrais das pessoas que voltam a beber em níveis de baixo risco de álcool são mais semelhantes aos cérebros daqueles que não ingerem álcool do que daqueles que bebem em níveis de risco mais elevados (média de cinco ou mais doses por dia).

O nível de ingestão de álcool de baixo risco foi estipulado em não mais do que aproximadamente três doses por dia para os homens e 1,5 dose por dia para mulheres. Uma dose padrão tem cerca de 10 militros de álcool puro, o que equivale a um copo de 350 ml de cerveja, 140 ml de vinho ou 37 ml de bebida destilada.

Efeitos cognitivos do álcool

Treze das 34 regiões do cérebro estudadas apresentaram diferenças significativas por grupo (consumo elevado, consumo moderado e baixo consumo). Em comparação com um grupo de controle de pessoas sem transtorno por uso de álcool e que não bebem muito, os bebedores de maior risco apresentaram volume cortical significativamente menor em 12 das 13 regiões de interesse no cérebro; os bebedores de baixo risco tinham menos volume cortical em nove das 13 regiões; e os abstêmios em seis das regiões.

As regiões frontais do cérebro que foram estudadas desempenham papéis na tomada de decisões, no automonitoramento e no controle comportamental, e dão suporte a funções cognitivas de ordem superior, incluindo regulação emocional, memória de trabalho e funcionamento executivo. O menor volume nestas regiões pode estar relacionado com uma menor capacidade para realizar estas atividades.

Ou seja, reduzir o consumo de álcool pode conferir benefícios estruturais ao cérebro e à saúde mental e ser considerado um objetivo potencialmente viável ou mais alcançável do que a abstinência para pessoas com transtorno por uso de álcool.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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