Tosses não são todas iguais e devem ser tratadas de forma diferente

Tem havido problemas sérios também com os medicamentos contra tosse, alguns deles sendo banidos por efeitos indesejados. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Quais são os tipos de tosse?

Pesquisadores australianos não se deram por satisfeitos com a divisão tipicamente feita, de que existem uma tosse boa e uma tosse ruim, e decidiram investigar melhor o assunto.

Eles identificaram diferentes tipos de tosse entre pessoas de meia-idade, incluindo tosse mínima, tosse apenas com resfriados, tosse com alergias, tosse produtiva intermitente, tosse seca crônica e tosse produtiva crônica.

E, mais importante, eles constataram que esses diferentes tipos de tosse podem necessitar de diferentes tipos de tratamento.

Por exemplo, se você tiver tosse com muco, verificar regularmente a função pulmonar pode ser benéfico para detectar quaisquer problemas precocemente, porque as pessoas que tossem com muco, seja crônica ou não crônica, tendem a ter mais problemas pulmonares e mais tosse e alergias desde tenra idade.

Isso também desloca as origens da tosse adulta para o início da vida.

Segundo Jingwen Zhang e seus colegas da Universidade de Melbourne, estes resultados irão ajudar os médicos, especialmente os clínicos gerais, a compreender que nem todas as tosses são iguais e que o tipo específico de tosse deve ser considerado ao decidir como tratar o sintoma.

As piores tosses

Uma tosse produtiva crônica - definida como tosse com catarro durante mais de 3 meses - foi considerada a mais clinicamente impactante no estudo, associada à maior prevalência de comorbilidades, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, tempestade de citocinas e apneia obstrutiva do sono. Esta "subclasse de tosse" apresentou a maior prevalência de asma desde a idade de sete anos.

Este grupo também teve a maior exposição ao tabagismo ativo e passivo em todas as idades. Isto indica que tanto o tabagismo quanto as doenças das vias aéreas na infância (como a asma) podem contribuir para o comprometimento da função pulmonar na subclasse "tosse produtiva crônica" e potencialmente para o desenvolvimento de DPOC mais tarde na vida.

Os pesquisadores sugerem que estudos futuros explorem ainda mais o papel dos fatores do início da vida (asma e alergias), tosse produtiva (tosse com catarro durante o início da vida) e tabagismo ativo/passivo como possíveis características longitudinais tratáveis para prevenção primária da tosse.

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