26/05/2012 Papel bioativo avalia qualidade da água das praiasRedação do Diário da Saúde
As praias não são fechadas, e nem reabertas, com a precisão adequada, devido a dificuldades de análise da água, cuja qualidade muda constantemente. [Imagem: McMaster University]
Papel detector de bactérias O fechamento de praias devido a surtos de coliformes fecais é comum no verão. Mas as praias não são fechadas, e nem reabertas, com a precisão adequada, devido a dificuldades de análise da água, cuja qualidade muda constantemente. Além disso, a tecnologia só é acessível para cidades maiores e com mais recursos. Agora, cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, desenvolveram um teste rápido, que utiliza uma tira de papel para detectar a bactéria E. coli em uma questão de minutos. O novo dispositivo pode fechar o hiato que hoje existe entre o surto e sua detecção, melhorando a saúde pública. Papéis bioativos Papéis bioativos são usados para medir a glicose na urina desde os anos 1950, e há trabalhos em estágio avançado para torná-los verdadeiros laboratórios portáteis para detectar doenças. As novas fitas são revestidas com produtos químicos que reagem com as bactérias. Elas podem ser impressas rapidamente, utilizando a tecnologia de jato de tinta das impressoras, nas quais a tinta é substituída pelos reagentes. Dentro de 30 minutos da colheita das amostras, o papel muda de cor para indicar a presença da E. coli, com uma codificação de cores para representar diferentes formas e diferentes concentrações das bactérias. No futuro, o teste poderá tornar possível também para os consumidores verificarem a qualidade da água que chega às suas casas, sem equipamento adicional e sem necessidade de qualquer conhecimento ou treinamento. Limites de bactérias na água Segundo os cientistas, que criaram e já validaram o exame da qualidade da água, sua nova técnica detecta concentrações potencialmente nocivas de E. coli com uma precisão muito maior do que a tecnologia portátil existente atualmente. "Coliformes são sempre um grande problema," diz o Dr. John Brennan. "Os métodos utilizados para detectar surtos são lentos e tendem a não ser portáteis, já que muitas vezes precisam de uma amplificação que só pode ser feita em laboratório, causando uma defasagem de tempo entre o surto e o fechamento da praia." Os padrões para água potável são centenas de vezes mais rigorosos do que aqueles para que se possa nadar em segurança. Tipicamente, os limites para a natação variam entre 100 a 500 bactérias a cada 100 mL de água. Para a água ser considerada segura para beber, não pode ser encontrada nenhuma célula bacteriana em 100 mL de água. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=papel-bioativo-avalia-qualidade-agua-praias A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |