22/02/2019 Não demora muito para pessoas acreditarem nas próprias mentirasRedação do Diário da Saúde
É certo que olhar nos olhos do outro reduz a chance de ouvir uma mentira. Mas há também outra verdade sobre a mentira: a prática leva à perfeição.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Mentira que vira verdade As pessoas são capazes de acreditar que as mentiras que contam são verdade depois de apenas 45 minutos. É o que garantem os experimentos idealizados pela equipe da professora Angela Gutchess, da Universidade Brandeis (EUA). Os pesquisadores usaram eletroencefalograma (EEG) para monitorar a atividade cerebral de adultos jovens e idosos enquanto eles davam respostas verdadeiras e falsas em questionários. Depois de 45 minutos, eles eram novamente avaliados para verificar se lembravam das mentiras que haviam dado. O grupo mais velho, com idades entre 60 e 92 anos, mostrou-se significativamente mais propenso a aceitar como verdade uma mentira que haviam contado menos de uma hora antes - em comparação com o grupo com idades entre 18 e 24 anos. Embora a pesquisa seja diferente, este resultado é coerente com um estudo recente que mostrou que os idosos são mais propensos a acreditar em notícias falsas. "Os adultos mais velhos têm mais dificuldade em distinguir entre o que é real e o que não é real," afirmou a pesquisadora Laura Paige, acrescentando que os resultados sugerem que contar uma mentira embaralha a memória das pessoas mais velhas, de forma que elas têm mais dificuldade em recordar o que realmente aconteceu. Os dados do EEG revelaram que mentir envolve os processos cerebrais responsáveis pela memória de trabalho. Isso sugere que uma mentira pode se inserir na memória e se tornar tão real quanto a verdade. "Mentir altera a memória. Isso cria uma nova memória para algo que não aconteceu," disse ela. A pesquisa foi publicada na revista Brain and Cognition. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=nao-demora-muito-pessoas-acreditarem-proprias-mentiras A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |