30/12/2020 Não confie em testes rápidos de memória para prever AlzheimerRedação do Diário da Saúde
Para manter a mente saudável, tenha atividades variadas. E não se esqueça de que pensamentos negativos repetitivos aumentam o risco de Alzheimer.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Testes rápidos demais Testar a memória das pessoas durante quatro semanas pode identificar quem tem maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer antes que ela se desenvolva. E isso é bem diferente do que tem sido feito até agora. Perceba que as novas conclusões mostram que testar a capacidade das pessoas de reter memórias por períodos mais longos de tempo tem mais poder de previsão do que os testes de memória clássicos, que testam a memória por períodos muito curtos, de meia hora ou pouco mais. Como medir declínio da memória A comparação envolveu 46 idosos cognitivamente saudáveis (com idade média de 70,7 anos), que realizaram três tarefas de memorização. A memória foi então testada após 30 minutos por um teste padrão, e quatro semanas depois. Os voluntários também fizeram o teste Exame Cognitivo III (ACE-III) de Addenbrooke, um teste comumente usado para detectar comprometimento cognitivo, e passaram por uma ressonância magnética do cérebro. O teste ACE-III foi repetido após 12 meses para avaliar a mudança na capacidade cognitiva. A pesquisa descobriu que a memória de 15 dos 46 participantes (32,6%) diminuiu ao longo do ano e que os testes de memória de quatro semanas previram o declínio cognitivo nessas pessoas com precisão substancialmente superior à dos testes clínicos de memória padrão-ouro usados hoje por psicólogos e neurocientistas. A previsão se tornou ainda mais precisa ao combinar a pontuação do teste de memória de quatro semanas com informações da ressonância magnética do cérebro, que mostra o tamanho de uma parte do cérebro responsável pela memória, que é normalmente danificada pela doença de Alzheimer. Terapias preventivas para Alzheimer "Nosso estudo mostra evidências de uma ferramenta de triagem de baixo custo e rápida que pode ser usada para identificar os primeiros sinais da doença de Alzheimer. Essa ferramenta também poderia acelerar diretamente o desenvolvimento de terapias eficazes para a doença de Alzheimer e permitir tratamentos precoces quando tais terapias estiverem disponíveis," disse o Dr. Alfie Wearn, da Universidade de Bristol (Reino Unido). "É importante notar que os participantes eram idosos saudáveis que não desenvolveram Alzheimer durante o ensaio, mas algumas pessoas apresentaram o tipo de mudança na memória e no pensamento ao longo de um ano que pode preceder a doença de Alzheimer. Trabalhos futuros estabelecerão se este teste prevê uma demência de Alzheimer realmente desenvolvida," acrescentou sua colega Liz Coulthard. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=nao-confie-testes-rapidos-memoria-prever-alzheimer A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |