24/01/2013

Nanotecnologia substitui quimioterapia para tratar linfoma

Redação do Diário da Saúde
Nanotecnologia substitui quimioterapia para tratar linfoma
Após enganar a célula tumoral, a estrutura esponjosa da nanopartícula de ouro suga seu colesterol, impedindo que a célula se alimente. [Imagem: Northwestern Medicine]

Cavalo de troia

Pode ser possível tirar proveito do próprio colesterol para destruir o linfoma - sem usar quimioterapia.

Isto graças a uma nanopartícula, que funciona como uma espécie de agente secreto duplo no interior do corpo humano.

Cientistas descobriram que a nanopartícula aparece para as células cancerosas do linfoma como se fossem seu alimento preferido, o colesterol HDL - lipoproteínas de alta densidade, mais conhecido como colesterol bom.

Mas, quando a célula engole a nanopartícula, a nanopartícula na verdade toma conta da célula tumoral, impedindo que qualquer colesterol entre, levando-a à morte por falta de alimento.

A descoberta foi feita por Shad Thaxton e Leo Gordon, da Universidade Northwestern (EUA).

Nanopartícula de ouro

As nanopartículas - partículas com diâmetros na casa dos nanômetros (bilionésimos de metro) - nada mais são do que células sintéticas que imitam o colesterol bom.

A principal diferença é que elas possuem uma nanopartícula de ouro de apenas cinco nanômetros como núcleo - o ouro foi escolhido porque não é tóxico para o corpo humano.

Após enganar a célula tumoral, a estrutura esponjosa da nanopartícula de ouro suga seu colesterol, impedindo que a célula se alimente.

Sem quimioterapia

No estudo agora divulgado, os experimentos mostraram que esse HDL sintético matou as células do linfoma de células B, o tipo mais comum da doença, em células humanas em cultura, e inibiu o crescimento do tumor em camundongos.

Linfoma é um termo genérico para designar um grupo de diversas doenças neoplásicas do sistema linfático, geralmente envolvendo a proliferação descontrolada de linfócitos B ou T.

"Esta descoberta tem potencial para eventualmente se tornar um tratamento não-tóxico para o linfoma de linfócitos B, sem envolver quimioterapia," disse o Dr. Gordon.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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