31/05/2013

Nanotecnologia brasileira evita alergia causada por filtros solares

Com informações da Coppe
Nanotecnologia brasileira evita alergia causada por filtros solares
A recém-inaugurada Planta Piloto de Polímeros da Coppe é a primeira do Brasil capaz de escalonar tecnologias para a produção de micro e nanopartículas poliméricas com aplicações nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica. [Imagem: Coppe/UFRJ]

Um processo de encapsulamento em nanopartículas poliméricas desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) poderá ser uma alternativa para viabilizar o uso de filtros solares avançados, aumentando a proteção da pele em relação aos raios ultravioletas.

As nanopartículas funcionam como uma espécie de filtro, evitando que as substâncias tóxicas presentes na composição dos protetores solares de última geração entrem em contato direto com a pele.

O processo de encapsular o filtro solar em pequeníssimas partículas plásticas - com diâmetro variando entre 100 e 500 nm (nanômetros) - forma um filme que armazena o filtro, impedindo que ele seja absorvido pela pele.

Além disso, o polímero não impede a absorção da luz pelo filtro solar e ainda potencializa a proteção contra o Sol, em virtude de um efeito físico, que se caracteriza por espalhar a luz.

Filtro solar sem alergia

Devido ao seu pequeno tamanho - 1 nm equivale a 1 bilionésimo do metro - o polímero não causa esfoliação e não arranha a pele.

"A técnica que desenvolvemos na Coppe para encapsular as substâncias apresenta vantagens como impedir a absorção da substância pelo organismo, evitando irritações e alergias, além de aumentar a proteção solar, uma vez que envolto nas nanopartículas o protetor fica mais eficiente contra a ação dos raios ultravioletas", explica José Carlos Pinto, coordenador da pesquisa.

Os testes realizados em seres-humanos comprovaram tanto o efeito protetor do armazenamento nos polímeros como a capacidade dos plásticos de aumentar a proteção contra os raios solares. Também mostraram que o produto não causa nenhum tipo de alergia.

Os bons resultados levaram a Coppe a depositar a patente do processo de encapsulamento e do produto em si.

Os pesquisadores acabam de iniciar o escalonamento do produto para produção de formulações comerciais, na recém-inaugurada Planta Piloto de Polímeros da Coppe, a primeira do Brasil capaz de escalonar tecnologias para a produção de micro e nanopartículas poliméricas com aplicações nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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