29/10/2020
Microrrobô caminha pelo intestino dando cambalhotas
Redação do Diário da Saúde
O microrrobô é minúsculo e biocompatível, sendo impulsionado por um campo magnético atuando de fora do corpo.[Imagem: Georges Adam/Purdue]
Robô todo-terreno
Um robô retangular minúsculo viajou pelo cólon de animais de laboratório vivos sem usar rodas ou esteiras - ele se movimenta dando cambalhotas.
O objetivo é usar esses robôs para transportar medicamentos dentro do corpo humano. E como o intestino e outros órgãos do nosso corpo têm um "terreno acidentado", sair capotando parece ser uma solução melhor do que tentar andar como um veículo 4x4.
Levar um medicamento diretamente ao local-alvo pode minimizar ou eliminar efeitos colaterais - como a queda de cabelo, sangramento estomacal etc. - que os medicamentos podem causar ao interagir com outros órgãos ao longo do caminho.
Esta é a primeira demonstração de um microrrobô em um sistema biológico in vivo. Por ser muito pequeno para carregar uma bateria, o microrrobô é alimentado e controlado sem fio de fora, por um campo magnético.
"Quando aplicamos um campo magnético externo rotativo a esses robôs, eles giram como um pneu de carro faria ao passar por um terreno acidentado," contou o professor David Cappelleri, da Universidade Purdue (EUA). "O campo magnético também penetra com segurança em diferentes tipos de meios, o que é importante para o uso desses robôs no corpo humano."
Robô no intestino
A equipe realizou os experimentos in vivo no intestino de camundongos vivos sob anestesia, inserindo o microrrobô em uma solução salina através do reto. Eles usaram equipamento de ultrassom para observar em tempo real como o microrrobô se movia.
Os microrrobôs também conseguiram se movimentar bem em intestinos excisados de porcos, que têm intestinos semelhantes aos dos humanos.
Os microrrobôs magnéticos, feitos de polímero e metal, são atóxicos e biocompatíveis. Por isso os pesquisadores acreditam que eles poderão vir a atuar como ferramentas de diagnóstico, além de veículos de entrega de medicamentos.
"Do ponto de vista do diagnóstico, esses microrrobôs podem evitar a necessidade de colonoscopias minimamente invasivas, ajudando a coletar tecido. Ou eles podem fornecer cargas úteis sem ter que fazer o trabalho de preparação que é necessário para as colonoscopias tradicionais," disse o professor Craig Goergen.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=microrrobo-caminha-pelo-intestino-dando-cambalhotas
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