19/05/2014 Novo método de pesquisa cria Ciência da MeditaçãoRedação do Diário da Saúde
A "cientificização" da meditação talvez não lhe leve à iluminação espiritual, mas pode levar alívio a muitas pessoas vítimas de transtornos mentais. [Imagem: Mike Cohea/Brown University]
Ciência da meditação A "mente alerta" - ou atenção plena - é algo muito pessoal, frequentemente espiritual, mas a experiência da meditação não precisa ser subjetiva. Com um estudo após o outro revelando os benefícios da meditação, os cientistas estão tentando desenvolver metodologias que permitam que seus colegas integrem experiências de meditação da mente alerta com imagens do cérebro e com dados de sinais neurais. O objetivo é elaborar hipóteses testáveis e reprodutíveis sobre a "ciência da meditação", eventualmente ampliando seus benefícios sobre a saúde mental para toda a população. A equipe do Dr. Juan Santoyo, da Universidade de Brown (EUA), desenvolveu agora uma metodologia que permite codificar as respostas dadas pelos meditadores sobre suas experiências mentais e espirituais. Isso permite que as avaliações, antes subjetivas, possam ser rigorosamente correlacionadas com medições neurofisiológicas quantitativas. Caminho para a saúde mental Com a nova ferramenta, os pesquisadores passam a contar com ferramentas para correlacionar as experiências descritas pelos meditadores à atividade específica e objetiva medida em seus cérebros. Embora os meditadores avançados não concordem com o reducionismo - a identificação de suas experiências meditativas meramente com o ocorre em seus cérebros - a metodologia pode ser um passo importante para garantir benefícios da meditação para pessoas que não estejam interessadas em trilhar um caminho espiritual ou de autoelevação. "Nós estamos começando a discutir como isso se aplica como uma ferramenta geral para o desenvolvimento de tratamentos de saúde mental direcionados," disse o Dr. Santoyo. "Podemos explorar a forma como certas experiências se alinham com certos padrões de atividade cerebral. Sabemos que certos padrões de atividade cerebral estão associados com certos transtornos psiquiátricos." "Na neurociência da atenção plena e da meditação, um dos problemas que temos é a não compreensão das práticas de dentro para fora," completou Catherine Kerr, membro da equipe. "O que nós realmente necessitamos são melhores mecanismos para a geração de hipóteses testáveis - hipóteses clinicamente relevantes e experiencialmente relevantes." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=meditacao-e-ciencia A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |