MEC corta 2,8 mil vagas de cursos da área de saúde por má qualidade

Saúde deficiente

O Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de mais 2.794 vagas em 153 cursos que obtiveram resultado insatisfatório nas avaliações de qualidade.

A medida atinge cursos de graduação nas áreas de biomedicina, nutrição e fisioterapia.

Os cursos atingidos tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010.

O indicador afere a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 1 a 5.

O corte faz parte do processo de supervisão pelo qual passam esses cursos em função dos resultados insuficientes.

A redução atinge 29 cursos de biomedicina (811 vagas), 50 cursos de nutrição (772 vagas) e 74 cursos de fisioterapia (1.211 vagas).

Cursos de baixa qualidade

Desde que foram divulgados os resultados do CPC de 2010, o ministério já cortou mais de 7 mil vagas em faculdades que oferecem cursos consideradas de baixa qualidade.

Além das áreas anunciadas hoje, também houve redução da oferta de vagas em medicina, odontologia e enfermagem.

O MEC informou que pretende suspender, até o fim do ano, 50 mil vagas.

As medidas também atingirão graduações de ciências contábeis e administração.

Saneamento de deficiências

Na avaliação do ano passado, 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2.

A nota 3 é considerada satisfatória e CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.

As instituições de ensino terão um ano para cumprir as exigências do termo de saneamento de deficiências que será firmado com o governo.

Após esse período, o MEC fará uma nova avaliação para verificar o cumprimento das exigências. Se as deficiências não forem corrigidas, as instituições poderão, ao fim do processo, ser descredenciadas pelo MEC.

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