27/07/2021

Luz de LEDs e OLEDs afeta corpo humano de formas diferentes

Redação do Diário da Saúde
Luz de LEDs e OLEDs afetam corpo humano de formas diferentes
Ambiente usado para avaliar os efeitos metabólicos da iluminação noturna.[Imagem: University of Tsukuba]

Efeitos da luz no corpo

A exposição prolongada à luz durante a noite - sobretudo alguns tipos de luz azul - pode ter consequências negativas para o sono e para a saúde humana, o que inclui eventuais danos à retina.

Pesquisadores japoneses mostraram agora que nem todos os tipos de luz são iguais, mas que os efeitos sobre o corpo são maiores do que se imaginava.

Asuka Ishihara, da Universidade de Tsukuba, comparou os efeitos dos diodos emissores de luz (LEDs) amplamente adotados por suas propriedades como economia de energia, com os diodos emissores de luz orgânicos (OLEDs), em processos físicos (metabolismo energético) que ocorrem durante o sono.

Os LEDs brancos policromáticos emitem uma grande quantidade de luz azul, que tem sido associada a muitos efeitos negativos à saúde, incluindo a saúde metabólica. Por outro lado, os OLEDs emitem luz branca policromática que contém menos componentes azuis.

Iluminação e metabolismo

Os pesquisadores expuseram 10 participantes do sexo masculino a LEDs, OLEDs ou luz fluorescente fraca por 4 horas antes de dormirem em uma câmara metabólica. Durante o sono, foram medidos o gasto de energia, a temperatura corporal central, a oxidação de gordura e a 6-sulfatoximelatonina - que é uma medida dos níveis de melatonina. Os participantes não haviam viajado recentemente ou participado de turnos de trabalho.

"Embora nenhum efeito na arquitetura do sono tenha sido observado, o gasto de energia e a temperatura corporal central durante o sono diminuíram significativamente após a exposição aos OLEDs. Além disso, a oxidação de gordura durante o sono foi significativamente menor após a exposição aos LEDs em comparação com os OLEDs," disse o professor Kumpei Tokuyama, coordenador da equipe.

Além disso, a oxidação da gordura durante o sono foi positivamente correlacionada com os níveis de 6-sulfatoximelatonina após a exposição aos OLEDs, sugerindo que o efeito da atividade da melatonina no metabolismo energético varia dependendo do tipo de luz a que se é exposto.

"Assim, a exposição à luz à noite está relacionada à oxidação da gordura e à temperatura corporal durante o sono. Nossos resultados sugerem que tipos específicos de exposição à luz podem influenciar o ganho de peso, junto com outras alterações fisiológicas," disse o professor Tokuyama.

Muitas ocupações e atividades envolvem a exposição à luz artificial antes de dormir. Informações sobre os efeitos de diferentes tipos de luz nos processos físicos podem facilitar a seleção de lâmpadas alternativas para mitigar as consequências negativas da exposição à luz à noite, disseram os pesquisadores.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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