24/04/2014 Você sabe o que é hipertensão resistente?Com informações da Agência FapespHipertensão resistente Cerca de 16% dos hipertensos brasileiros possuem a chamada hipertensão resistente. "Costumam ser considerados hipertensos resistentes aqueles pacientes cuja pressão permanece elevada mesmo após tratamento com doses adequadas de três medicamentos anti-hipertensivos de diferentes classes, sendo um deles necessariamente um diurético," explica Eduardo Moacyr Krieger, do Instituto do Coração (InCor), ligado à USP. Nesses casos, os especialistas estimam que o risco de desenvolver doenças graves, como acidente vascular cerebral, infarto, insuficiência cardíaca e doença renal seja três vezes maior do que em pacientes com hipertensão controlada - que, por sua vez, já apresentam risco mais elevado em relação à população normotensa. A hipertensão resistente é considerada um problema emergente de saúde pública global, principalmente em função do aumento da expectativa de vida e dos casos de apneia do sono, diabetes e obesidade. Existe ainda a hipótese de que o consumo excessivo de sal possa estar contribuindo para o crescimento no número de casos. Tratamentos para hipertensão resistente "Há um consenso sobre a necessidade de tratar o hipertenso com três classes de medicamentos diferentes antes de considerá-lo resistente. Mas, quando o tratamento falha, sempre fica a dúvida: qual deve ser a quarta ou quinta droga a ser escolhida? Quase não há dados na literatura científica e, por esse motivo, decidimos propor esse projeto especialmente orientado para a população brasileira", contou Krieger. O estudo envolveu 25 hospitais universitários de todo o Brasil. Os pacientes estudados foram tratados ao longo de três meses com doses adequadas de medicamentos disponíveis na rede pública de saúde. Após esse período, uma segunda avaliação revelou que 84% estavam com a pressão normalizada. Foram considerados resistentes aqueles que após os três meses de tratamento apresentavam pressão clínica acima de 140/90 mmHg e pressão ambulatorial de 24 horas de 130/80 mmHg. Em uma segunda etapa da pesquisa, esses pacientes estão sendo divididos aleatoriamente em dois grupos. Metade será tratada com o medicamento clonidina e, os demais, com a droga espirolactona. "Aquele que mostrar melhor efeito poderá ser incluído no tratamento padronizado do SUS e administrado em conjunto com as outras três classes de anti-hipertensivos já usadas", explicou Krieger. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=hipertensao-resistente A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |