13/09/2019 Gordura na cintura, e não IMC, indica risco de doenças cardíacas entre mulheresRedação do Diário da Saúde
Vários estudos têm indicado que a relação entre cintura e estatura indica risco cardiovascular e que a gordura abdominal interna é a mais perigosa para doenças do coração. A boa notícia é que é possível evitar a barriguinha da meia-idade.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Localização da gordura Ao longo de anos, as mulheres têm ouvido e lido que o ganho de peso aumenta o risco de que elas venham a desenvolver doenças cardíacas. Essa informação não estava precisa o suficiente - na verdade, pode-se até mesmo dizer que ela está, em alguma medida, incorreta. Não é o ganho de peso que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, é a localização da gordura que importa, afirma uma equipe internacional de cientistas em um artigo recém-publicado pela revista médica Menopause. A gordura abdominal representa o maior fator de risco cardiovascular - e não o índice geral de massa corporal (IMC), reforçam eles. Risco cardíaco após a menopausa Como a doença arterial coronariana (DAC) continua sendo a principal causa de morte no mundo, há uma tremenda atenção dada aos seus fatores de risco que são modificáveis. O estrogênio protege o sistema cardiovascular das mulheres antes da menopausa, o que ajuda a explicar por que a incidência de DAC nas mulheres na pré-menopausa é menor do que nos homens. No entanto, como os níveis de estrogênio das mulheres diminuem durante e após a menopausa, a incidência de DAC em mulheres na pós-menopausa ultrapassa os homens com idades semelhantes. A obesidade é conhecida há muito tempo como fator de risco para a DAC (doença arterial coronariana) porque ela causa disfunção das células endoteliais, resistência à insulina e aterosclerose coronariana, entre outros problemas. E a obesidade também é frequentemente acompanhada por outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes. Médicos e cientistas têm anunciado há anos que a obesidade geral - geralmente definida pelo IMC - é um fator de risco primário. Mas poucos estudos tentaram comparar o efeito da obesidade geral versus a obesidade central, que é normalmente descrita pela circunferência da cintura ou pela razão entre cintura e quadril. Obesidade na cintura Os resultados deste novo estudo, com quase 700 mulheres, no entanto, demonstraram que a presença de DAC obstrutiva foi significativamente maior entre as mulheres com obesidade central - concentrada na cintura. Nenhuma diferença significativa foi identificada com base no IMC, indicando que a obesidade geral não era um fator de risco para DAC obstrutiva. Esses resultados são especialmente relevantes para mulheres na pós-menopausa porque a menopausa causa uma alteração na distribuição de gordura corporal, especialmente na área abdominal. "Os resultados deste estudo são consistentes com o que sabemos sobre os efeitos prejudiciais da obesidade central. Nem toda gordura é igual e a obesidade central é particularmente perigosa porque está associada com o risco de doenças cardíacas, a principal causa de morte de mulheres. Identificar mulheres com excesso de gordura abdominal, mesmo com um IMC normal, é importante para que as intervenções no estilo de vida possam ser implementadas," comentou a Dra. Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, que publicou o artigo relatando a pesquisa. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=gordura-cintura-indica-risco-doencas-cardiacas A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |