05/04/2012 Estudo genético revela complexidade do autismoRedação do Diário da Saúde
O Dr. Brian O'Roak e seus colegas afirmam que não se deve esperar por mecanismos de previsão do risco de autismo por meio de técnicas de DNA, porque múltiplas mutações contribuem para a doença.[Imagem: Clare McLean]
Autismo esporádico Cientistas da Universidade de Washington publicaram na revista Nature desta quinta-feira os resultados de uma nova abordagem para estudar o autismo. Eles estudaram a chamada desordem do espectro autista em crianças que não tem histórico familiar deste ou de outros debilitamentos similares - o chamado autismo esporádico. Eles estavam particularmente interessados em descobrir porque o autismo varia em seus sintomas e na severidade de acometimento de cada criança. Focando no autismo esporádico, eles queriam avaliar um modelo genético para o risco de autismo, mais especificamente o surgimento de novas mutações nas crianças, mutações estas não presentes nos seus pais. Múltiplas mutações A conclusão é, também de um ponto de vista genético, o autismo é uma condição complexa, ligada a uma rota de regulação de genes no cérebro e no sistema nervoso. Várias alterações nesta rota contribuem para o desenvolvimento do autismo de formas muito diferentes. Mutações nesta rota também contribuem para uma variedade de debilidade intelectuais, sociais e psiquiátricas nas crianças, com implicações além da desordem do espectro autista. É por isto que é comum o anúncio de descobertas de genes que afetam risco de surgimento do autismo. Previsões com base no DNA são inviáveis O que fica muito claro deste estudo, e de dois outros que foram publicados simultaneamente no mesmo exemplar da revista Nature, é que as mutações genéticas que elevam o risco do autismo estão espalhadas por muitos genes. Os dados sugerem que, ao nível molecular, há muitas formas diferentes de autismo e que o termo "desordem do espectro autista" deve ser compreendido como um "conceito guarda-chuva", que abarca muitas causas diferentes. Os cientistas preveem que nenhum gene individual conseguirá explicar mais do que 1% do autismo. Apesar de isto significar que será muito difícil fazer previsões do risco de autismo baseadas no DNA, recentemente foi desenvolvida uma nova técnica que permite seu diagnóstico mais cedo, facilitando o tratamento: Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=genetica-do-autismo A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |