03/05/2024 Estimulador cerebral miniaturizado e sem fios é testado em humanosRedação do Diário da Saúde
O aparelho é minúsculo e sem fios, estimulando diretamente o cérebro. [Imagem: Jeff Fitlow/Rice University]
Neuroestimulação sem fios Engenheiros apresentaram o menor estimulador cerebral implantável já testado em um paciente humano, e com uma vantagem adicional além da miniaturização: Sua alimentação é feita sem fios, tornando o implante menos invasivo. Graças à tecnologia pioneira de transferência de energia magnetoelétrica, o dispositivo do tamanho de uma ervilha pode ser alimentado sem fios por meio de um transmissor externo, e usado para estimular o cérebro através da dura-máter, a membrana protetora na parte inferior do crânio. O dispositivo, conhecido como DOT, sigla em inglês para "Terapêutica Sobre-cérebro Digitalmente Programável", está sendo desenvolvido para o tratamento da depressão resistente a medicamentos e outros distúrbios psiquiátricos ou neurológicos, fornecendo uma alternativa de maior autonomia e acessibilidade aos pacientes do que as atuais terapias baseadas em neuroestimulação, sendo ainda menos invasivo do que outras interfaces cérebro-computador. As tecnologias implantáveis existentes para estimulação cerebral são alimentadas por baterias relativamente grandes, que precisam ser colocadas sob a pele em outras partes do corpo e conectadas ao dispositivo estimulador através de longos fios. Isso exige cirurgias para troca da bateria e sujeitam o paciente a uma carga maior de implantação de hardware, riscos de quebra ou falha do fio. Esquema de funcionamento do implante com alimentação sem fios. [Imagem: Joshua E. Woods - 10.1126/sciadv.adn0858] Neuroestimulação A transmissão de eletricidade sem fios usa um material que converte campos magnéticos em pulsos elétricos. Esse processo de conversão é muito eficiente em pequenas escalas e possui boa tolerância ao desalinhamento, o que significa que não requer manobras complexas ou minuciosas para ser ativado e controlado. O dispositivo tem 9 milímetros de largura e pode fornecer 14,5 volts de estimulação. "Nós demonstramos que nosso dispositivo, do tamanho de uma ervilha, pode ativar o córtex motor, o que faz com que o paciente mova a mão," contou o professor Jacob Robinson, da Universidade Rice. "No futuro, poderemos colocar o implante acima de outras partes do cérebro, como o córtex pré-frontal, onde esperamos melhorar o funcionamento executivo em pessoas com depressão ou outros distúrbios." A neuroestimulação tem ocupado um papel crescente entre as terapias de saúde mental, sobretudo quando efeitos secundários dos medicamentos e a falta de eficácia deixam muitas pessoas sem opções de tratamento adequadas. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=estimulador-cerebral-miniaturizado-sem-fios-testado-humanos A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |