20/12/2021
Engenheiros de foguetes e neurocirurgiões não são mais espertos do que a média
Redação do Diário da Saúde
A pesquisa desmistifica as duas carreiras. [Imagem: Inga Usher et al. - 10.1136/ bmj-2021-067883]
Não é ciência de foguetes
Existem duas expressões largamente usadas pelos falantes da língua inglesa quando se deseja expressar que uma coisa não é tão difícil ou complicada: "Não é ciência de foguetes" e "Não é cirurgia cerebral".
Um grupo de neurocientistas de várias instituições do Reino Unido decidiu que era hora de saber se essas expressões têm realmente fundamento na realidade.
Será que os engenheiros e cientistas que trabalham com foguetes, ou os neurocirurgiões, são realmente mais espertos do que a população em geral?
Para buscar uma resposta a essa questão, Inga Usher e seus colegas compararam a inteligência de 329 engenheiros aeroespaciais e 72 neurocirurgiões com 18.257 membros da população em geral.
Todos os participantes completaram um teste online validado para medir seis aspectos distintos (domínios) de cognição, abrangendo planejamento e raciocínio, memória de trabalho, atenção e habilidades de processamento de emoção.
Fatores potencialmente influentes, como gênero, destreza e anos de experiência em sua especialidade foram levados em consideração na análise.
Tão espertos quanto qualquer pessoa comum
Quando as pontuações foram comparadas à população em geral, os engenheiros aeroespaciais não mostraram diferenças significativas em nenhum domínio.
Os neurocirurgiões, por sua vez, foram capazes de resolver problemas mais rápido do que a população em geral, mas mostraram uma velocidade de recuperação de memória mais lenta.
Estes resultados indicam que, apesar dos estereótipos retratados pelas frases "Não é ciência de foguetes" e "Não é cirurgia cerebral", todos os três grupos mostraram uma ampla gama de habilidades cognitivas, explicam os pesquisadores.
Eles acrescentam que estes resultados sugerem que tanto neurocirurgiões quanto engenheiros aeroespaciais estão sendo desnecessariamente colocados em um pedestal, e que "É como um passeio no parque" ou outra frase não relacionada à carreira pode ser mais apropriada para significar que as coisas não são tão difíceis.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=engenheiros-foguetes-neurocirurgioes-nao-mais-espertos-media
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