06/12/2012
Coquetel do dia seguinte para HIV é pouco difundido
Com informações da Agência Brasil
Profilaxia pós-exposição
Um tratamento disponível em serviços de atendimento especializado e em emergências de hospitais públicos de todo o país pode evitar a infecção pelo HIV em pessoas que passaram por algum tipo de situação de risco - como sexo desprotegido ou rompimento do preservativo.
A chamada profilaxia pós-exposição, também conhecida como coquetel do dia seguinte, tem como base uma combinação de três medicamentos antirretrovirais e deve ser iniciada até 72 horas após o evento considerado de risco.
Até 2010, o tratamento era indicado apenas para casos de acidente entre profissionais de saúde (quando há exposição ao vírus), para vítimas de violência sexual e para casais sorodiscordantes (quando apenas um dos parceiros é soropositivo).
Atualmente, o serviço está disponível para toda a população.
Como receber o coquetel do dia seguinte
Para receber o coquetel do dia seguinte é preciso passar por uma avaliação de risco, feita por um profissional de saúde.
O uso do coquetel deve ser feito por um período de quatro semanas.
Os efeitos colaterais, apesar de fracos, incluem náusea, vômitos, sensação de fraqueza e cansaço.
"O papel da profilaxia é tentar evitar que a pessoa se infecte com o HIV. Além disso, ela traz alguns outros ganhos, já que acaba atraindo as pessoas aos serviços de saúde, o que permite trabalhar também o diagnóstico, o aconselhamento e as estratégias de prevenção, de redução de risco e de vulnerabilidade", explica o infectologista Ronaldo Hallal.
Medida de exceção
O coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, avalia que o coquetel do dia seguinte é uma estratégia pouco difundida no país.
"Falta informação. As pessoas não conhecem. E, nesses casos, quanto mais rápido começar o tratamento, melhor. O ideal é que seja em menos de 48 horas", afirma.
Chequer alerta, entretanto, que a estratégia não pode se transformar em rotina e que as pessoas não podem abrir mão do preservativo. Trata-se, segundo ele, de uma medida de exceção, uma vez que não há 100% de eficácia no bloqueio ao vírus. "Não é uma vacina", ressalta.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=coquetel-dia-seguinte-hiv
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.
|