20/04/2020 Você sabe como funciona o transplante de órgãos no Brasil?Com informações da Agência Brasil
Há casos especiais, como no caso da doação de medula óssea.[Imagem: C. Lee-Thedieck/KIT]
Doação de órgãos e tecidos O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico de reposição de um órgão (como coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim) de uma pessoa doente por outro órgão de um doador, que pode estar vivo ou não. O procedimento também engloba a reposição de tecidos, como medula óssea, ossos e córneas. Um doador vivo pode doar um dos seus rins, parte do fígado, parte do pulmão ou ainda parte da medula óssea. Pela legislação brasileira, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Aqueles que não são parentes, só podem fazer a doação com autorização judicial. Já a doação de órgãos de pessoas mortas se divide em dois os tipos de doadores: o primeiro é o doador falecido após morte cerebral, constatada segundo critérios definidos pela legislação e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória. Neste caso, ele pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. O segundo tipo é o doador que teve parada cardiorrespiratória, cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios, ou seja, o coração parou de bater. Este doador pode doar apenas tecidos para transplante, incluindo córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Em ambos os casos, a morte encefálica - a perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela parada das funções corticais e de tronco cerebral - precisa ser confirmada. Caso a morte ocorra em casa, somente as córneas poderão ser doadas. Autorização da família do doador Um dos principais fatores que restringe a doação de órgãos é a baixa taxa de autorização da família do doador. Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de metade das famílias entrevistadas não concorda que sejam retirados os órgãos e tecidos do parente falecido. Por isso, quem deseja realmente se tornar um doador deve conversar com sua família e deixar claro sua intenção para que seus familiares autorizem a doação de órgãos após sua morte. No Brasil, a doação de órgãos só será feita depois da autorização da família. Também não podem ser doadores pessoas que não tenham documentação, indigentes ou menores de 18 anos sem a autorização dos responsáveis. Sistema Nacional de Transplantes Na doação em vida, é possível escolher o receptor dos órgãos. Já para a doação após a morte, nem o doador nem a família podem escolher quem vai receber o órgão. O receptor será então o próximo da lista única de espera de cada órgão ou tecido, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A posição na lista é determinada por critérios como tempo de espera e urgência do procedimento. Para determinar a compatibilidade entre doador e receptores, são feitos exames laboratoriais. Depois de confirmada a morte encefálica, de a família ter autorizado a doação e um receptor compatível ter sido localizado, a retirada dos órgãos para o transplante é feita em um centro cirúrgico, como em qualquer outra cirurgia, por equipe de cirurgiões autorizada pelo Ministério da Saúde e treinados para esse procedimento. Na sequência, o corpo é recomposto e liberado para a família para realização de velório, se for o caso. Não há custo para a família do doador de órgãos, assim como não há qualquer pagamento também. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=como-funciona-transplante-orgaos-brasil A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |