18/09/2020 Apoiadores e opositores das vacinas são vetores de desinformação online, diz estudoCom informações das universidades George Washington e Harvard
Existem cuidados para se tornar um leitor de notícias mais sábio, mas é bom saber que muitas pessoas criam suas próprias informações falsas.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Infodemia Você provavelmente irá se surpreender com as conclusões de um grupo pesquisadores de três renomadas universidades norte-americanas (George Washington, Maryland e Johns Hopkins). O grupo avaliou o conteúdo das contas mais ativas no Twitter relacionadas às vacinas e descobriram que mesmo contas com pontos de vista pró-vacinação e maior credibilidade na saúde pública podem ser vetores de desinformação no ambiente altamente incerto e em rápida mudança causado pela pandemia de covid-19. O objetivo da equipe era entender melhor como as comunidades online estão contribuindo para a chamada "infodemia", um dilúvio de informações de saúde tanto precisas quanto imprecisas, que incluem desde teorias da conspiração e simples mentiras até estudos científicos divulgados sem revisão e outros corrigidos logo após a publicação. Em fevereiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a crescente infodemia seria um grande desafio no compartilhamento de comunicação de saúde eficaz durante a pandemia. E os dados estão mostrando que aquela preocupação estava correta. Conspiradores dentro e fora Das cerca de 2.000 contas do Twitter avaliadas, os pesquisadores descobriram que mesmo os proponentes de vacinas bem-intencionados compartilharam informações não confiáveis sobre a covid-19 e sobre as vacinas, embora em uma taxa mais baixa do que os oponentes da vacina e outras fontes de baixa credibilidade. De acordo com os pesquisadores, a natureza inédita da pandemia fez com que os dados de pesquisas frequentemente fossem corrigidos, o que fez com que fontes bem-intencionadas e confiáveis postassem informações que mais tarde se provaram falsas. Os oponentes das vacinas, por sua vez, compartilharam a maior proporção (35%) de informações não confiáveis, incluindo uma mistura de teorias de conspiração, boatos e enganações. Entre os proponentes e oponentes das vacinas, o principal tópico de conversa foi "Narrativas de doenças e vacinas", em que os usuários fizeram comparações entre a covid-19 e outras doenças, principalmente a gripe. Os pesquisadores notaram que essas mensagens provavelmente aumentaram a confusão pública em torno da covid-19 e da gravidade do vírus e da doença. Grande parte da desinformação veio de pessoas reais, e não de bots, segundo a equipe. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=cientistas-opositores-vacinas-vetores-desinformacao-online-diz-estudo A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |