01/07/2016 Brasil avalia mudanças no protocolo de microcefaliaCom informações do Ministério da SaúdeAlém da microcefalia O maior estudo já realizado sobre o vírus zika aponta que sinais e sintomas de alterações neurológicas sejam incluídos como critérios para trigam de bebês, independente da presença de microcefalia. A principal conclusão é que a microcefalia e o histórico de exantema durante a gestação são critérios insuficientes para identificar as consequências da infecção pelo vírus zika em recém-nascidos, dando suporte a estudos anteriores que mostraram que a microcefalia não é o único risco para os bebês cujas mães foram infectadas pelo zika. Foram analisados 1.501 bebês que já haviam sido investigados pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, sendo este o maior estudo já feito sobre o tema no mundo - antes, o maior estudo havia analisado 104 crianças. O trabalho foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Sociedade Brasileira de Genética Médica, o Centro Latino Americano de Perinatologia da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS) e a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, e publicado na revista científica The Lancet. Protocolo para zika na gestação O Ministério da Saúde afirmou que vai levar em consideração os resultados do estudo na definição dos critérios e do protocolo usado até agora para avaliação do impacto da infecção do vírus zika em mulheres grávidas. "Estamos adequando nossos protocolos a esses achados para ampliar as investigações e melhorar nosso sistema de vigilância. Neste momento, o Brasil e o mundo já acumularam mais conhecimentos sobre a doença e podemos, com esse aprendizado, aprimorar o monitoramento das consequências da infecção congênita pelo vírus zika," explicou o coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira. No começo das investigações da epidemia, em novembro de 2015, o Ministério da Saúde adotou uma definição de caso mais sensível para identificar a microcefalia, tendo como critério 33 cm de perímetro cefálico para recém-nascidos de ambos os sexos. Essa definição foi, posteriormente, alterada para 32 cm. A adoção dessas definições mais sensíveis permitiu identificar que 20% das crianças com alguma condição de importância clínica não apresentavam microcefalia. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br/print.php?article=brasil-avalia-mudancas-protocolo-microcefalia A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |