02/10/2009

Vitamina C protege a pele e auxilia a cicatrização

Redação do Diário da Saúde
Vitamina C protege a pele e auxilia a cicatrização
Cientistas britânicos e portugueses descobriram que a vitamina C pode ser utilizada para tratar ferimentos e proteger as células da pele de danos no DNA.
[Imagem: Claudius Tesch]

Vitamina C para a pele

Cientistas britânicos e portugueses descobriram que a vitamina C pode ser utilizada para tratar ferimentos e proteger as células da pele contra danos no DNA.

Ao avaliar as propriedades protetoras do ácido ascórbico - a vitamina C - sobre as células da pele humana, os cientistas constataram que ele melhora a capacidade de regeneração da pele.

Danos ao DNA

"A exposição à radiação solar ultravioleta aumenta no verão, frequentemente resultando em uma grande incidência de lesões na pele," explica o Dr. Tiago Duarte, um dos autores da descoberta. "A radiação ultravioleta também é um agente genotóxico (que danifica o DNA) responsável pelo câncer de pele, por meio da formação de radicais livres e de danos diretos ao DNA."

"Os resultados da nossa pesquisa demonstraram que a vitamina C pode aumentar a cicatrização da pele estimulando os fibroblastos inativos a se dividir e promovendo sua migração para a área lesionada. A vitamina C também protege a pele ao aumentar a capacidade desses fibroblastos de reparar lesões do DNA potencialmente mutagênicas," diz o pesquisador.

Tratamento de ferimentos e cosméticos

Embora já se saiba há décadas que a vitamina C é o agente que previne o escorbuto, uma desordem nutricional, outras propriedades suas têm sido alvo de polêmicas entre os pesquisadores há anos.

Os resultados sugerem não apenas que a vitamina C pode neutralizar os radicais livres, como também pode contribuir para a remoção de danos ao DNA ativando as defesas celulares.

Os pesquisadores especulam ainda que a pesquisa pode apontar para novos caminhos para as pesquisas que procuram formas de combater o câncer de pele e o tratamento de lesões de difícil cicatrização.

Os resultados da pesquisa interessam diretamente ao campo da chamada fotobiologia, que estuda a interação da luz com os organismos vivos.

Segundo os pesquisadores, a indústria de cosméticos também deverá se beneficiar dos resultados, que poderão aproveitar a descoberta para criar compostos que combatam os efeitos danosos sobre a pele causados por agentes naturais ou não.

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