Tecnologias assistivas
Tecnologias assistivas do tipo "faça você mesmo" prometem revolucionar o modo como as pessoas com deficiência podem ter acesso a equipamentos que as ajudarão a interagir com o mundo.
As tecnologias assistivas estão sendo projetadas para pessoas com diferentes habilidades e em diferentes contextos culturais, incluindo aprender a usar computadores simples para se comunicar.
Embora seja comum ver na imprensa várias tecnologias futurísticas, como as tornadas famosas pelo físico Stephen Hawking, o fato é que se trata de aparelhos com custos proibitivamente elevados para a grande maioria da população. Além disso, as ferramentas existentes que facilitam a comunicação são especialmente difíceis de individualizar.
Por isso, o professor Foad Hamidi, da Universidade de Maryland (EUA), decidiu criar equipamentos no estilo "hardware e software livres" que podem ser construídos por voluntários, ONGs ou mesmo pelos próprios familiares das pessoas com necessidades especiais.
Para isso, ele usou microcomputadores de baixíssimo custo, de forma a tornar a tecnologia realmente acessível.
Interfaces de comunicação "faça você mesmo"
Hamidi e sua equipe já desenvolveram e testaram as primeiras duas plataformas, que ele chamou de SenseBox e TalkBox. São equipamentos de código aberto baseados no Raspberry Pi (um microcomputador em uma única placa), em sensores de baixo custo e um alto-falante.
O TalkBox permite que os usuários se comuniquem tocando em imagens em uma superfície de forma a reproduzir arquivos de áudio armazenados no sistema. As imagens e os sons podem ser personalizados durante a montagem, dependendo das necessidades exclusivas de um indivíduo.
O aparelho pode ser adaptado para caber em uma cadeira de rodas e pode incluir elementos visuais individualizados, como ilustrações de rostos mostrando expressões diferentes, para expressar uma emoção. Inúmeros ajustes estão disponíveis para o usuário, tornando a tecnologia extremamente personalizável.
O SenseBox também possui uma interface que permite traduzir gestos em áudio, mas opera usando objetos táteis, que são reconhecidos pelos sensores. Esses objetos táteis possuem etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID), semelhantes àquelas usadas em produtos como CDs e outros. Os objetos podem ser impressos em 3D, o que permite uma ampla personalização.
O sucesso desses dispositivos "Faça você mesmo" baseia-se no fato de que pessoas com pouca experiência no uso da tecnologia podem aprender rapidamente como usar as ferramentas e ensinar aos outros como usá-las - estudantes em sala de aula estão entre o público preferido para disseminar o conceito.
Quem tiver em interesse em reproduzir os trabalhos pode obter todas as informações necessárias no endereço www.participatoryfutures.com (em inglês).
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