Metais antibacterianos
Como resultado de sua corrosão natural, o cobre e a prata liberam íons carregados positivamente, que são prejudiciais às bactérias de várias maneiras, impedindo seu crescimento ou matando-as completamente.
Este efeito tem sido explorado há muito tempo, por exemplo, revestindo com esses metais de eletrodomésticos a implantes, para prevenir infecções bacterianas.
Existem alguns truques que podem ser empregados para liberar ainda mais íons e intensificar esse efeito. Por exemplo, Toni Meister e seus colegas da Universidade Ruhr (Alemanha) usaram um sistema chamado pulverização catódica para criar camadas mais finas desses metais. Dependendo da sequência ou quantidade em que os metais individuais são aplicados, são criadas diferentes texturas de superfície, o que faz com a prata ou o cobre oxidem mais rapidamente, liberando mais íons antibacterianos.
"Na presença de um metal mais nobre, o metal básico se sacrifica, por assim dizer," explica o professor Alfred Ludwig referindo-se a uma técnica conhecida como ânodo de sacrifício. A eficácia desses sistemas de ânodo de sacrifício contra bactérias já foi demonstrada pela equipe anteriormente.
Só que agora eles se voltaram para outros inimigos, os vírus.
"Para isso analisamos as propriedades antivirais de superfícies revestidas com cobre ou prata, bem como vários ânodos de sacrifício à base de prata, e também examinamos combinações de cobre e prata em relação a possíveis efeitos sinérgicos," disse a professora Stephanie Pfander.
Cobre mata vírus da covid
A equipe comparou a eficácia dessas superfícies antibacterianas com a eficácia contra vírus, mostrando que, assim como acontece com as bactérias, as superfícies de prata foram mais eficientes.
Contudo, a coisa se mostrou bem diferente quando a equipe testou os materiais contra o SARS-CoV-2, o vírus da covid-19: Camadas finas de cobre reduziram significativamente a carga viral após apenas uma hora.
As superfícies de prata pulverizadas, por outro lado, tiveram apenas um efeito marginal.
"Em conclusão, demonstramos um claro efeito antiviral de superfícies revestidas de cobre contra o SARS-Cov-2 em uma hora, enquanto superfícies revestidas de prata não tiveram efeito sobre a infecciosidade viral," disse Pfander.
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